Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024

Ponto de Vista: “Paraná precisa de trabalho e nossa vocação é a política de resultados”, frisa secretário Ricardo Barros

2024-02-17 às 10:39
Foto: SEIC/Divulgação

Em bate-papo exclusivo ao Ponto de Vista, programa apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (17), o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR), destaca que o ano já começou bem antes do Carnaval e que já visitou nove Associações de Municípios desde o mês de janeiro. Nas oportunidades, conversou com prefeitos e falou sobre o programa de Barracões Industriais; sobre o Programa de Especialização das Cidades.

Na sexta (16), o secretário visitou Cornélio Procópio, no Norte do Paraná, e simultaneamente conversou com duas associações de prefeitos daquela região. “[Nosso trabalho] não para. Temos que trabalhar muito. O Paraná precisa de trabalho e nossa vocação é a política de resultados. Não se produz resultado estando parado”, avalia.

“Temos recebido muitos investimentos, temos buscado, em missões no exterior, junto ao governador Ratinho Junior; aqui no Brasil, muitos investimentos sendo anunciados. Ponta Grossa acabou de receber o anúncio da Nissim; em Fazenda Rio Grande, a Sumitomo, com um investimento de R$ 1 bilhão [para ampliação da planta]; para a semana que vem, vamos anunciar uma nova empresa em Ponta Grossa, também um investimento muito grande. As cooperativas investem muito no Paraná, são R$ 4 bilhões por ano de projetos importantes, porque estão no interior, na base dos cooperados. O Paraná está recebendo muitos investimentos, cresceu 8,6% do PIB, contra 3,7% do Brasil. É um estado que cresce muito acima do normal, com empregabilidade em alta: temos mais oferta de vagas do que pessoas querendo trabalhar, falta qualificação para essas pessoas”, observa.

Na visão de Barros, a economia paranaense vive um bom momento e a Secretaria de Indústria e Comércio, junto às demais Secretarias do Estado, tem se esforçado para atender às demandas dos empresários que queiram se instalar no Paraná. Segundo ele, ainda que a indefinição sobre os reflexos da Reforma Tributária tenham ocasionado uma pausa nas decisões de multinacionais sobre investimentos, eles já foram retomados. “Mesmo sem os incentivos fiscais, que acabarão em 2032, o Paraná continua competitivo”, afirma.

Barracões Industriais

Barros afirma que todos os municípios precisam dos barracões industriais, porém, para dar conta de atender à demanda, foi adotado um critério político: cada deputado estadual indicou dois municípios para receber os 100 primeiros barracões. Os deputados federais colocaram R$ 34 milhões do Orçamento da União e o governador Ratinho Junior deu mais R$ 34 milhões de contrapartida do Estado, para investimento nos 80 municípios de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nesse caso, foi adotado como política pública o atendimento aos municípios com menor renda, a fim de facilitar a melhoria de renda neles. “Os demais são por indicação, por isso que são recursos dos parlamentares e eles têm o direito de indicar suas bases eleitorais, como queiram. Vai ser muito bom, porque em cidades de 3 mil a 4 mil habitantes, um barracão que gera 30 a 40 empregos faz muita diferença”, diz.

Fomento Paraná

Para o pequeno e médio empresário, que gera a maior parte dos empregos formais, a Fomento Paraná possui linhas de crédito até para os microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas. O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) financia projetos maiores, acima de R$ 10 milhões. “Além disso, temos os incentivos fiscais, diferimento de imposto. Temos muitas vantagens. A maioria dos empreendedores não procura o Estado, não procuram apoio para fazer seus empreendimentos. Simplesmente, vão lá e fazem. As grandes multinacionais é que ficam buscando mais rentabilidade e querem saber onde dá mais retorno e elas vêm buscar essas localizações onde conseguem perceber que seu investimento terá mais retorno. As cooperativas já investem na sua base de cooperados, independente se a empresa vai ser rentável ou não, elas querem atender a seus cooperados. São lógicas diferentes, mas para cada lógica tem uma ação do Estado”, diz.

O secretário tem apostado na especialização econômica das cidades, a partir da prospecção de qual segmento produtivo tem maior vocação em cada um desses locais. “Se as cidades se especializam, elas se tornam competitivas em determinadas atividades e conseguem pagar melhor seus trabalhadores. Ter muitas empresas, muitos CNPJs de um mesmo segmento dá estabilidade. Ter uma empresa grande numa cidade é importante, mas é um risco, pois se algo der errado, tudo vai abaixo. O que estamos trabalhando é várias empresas do mesmo segmento, da mesma atividade econômica, porque aí compram em conjunto, compram em escala, qualificam mão de obra em escala, investem em design para agregar valor. Acho que esse é o futuro para que as cidades todas tenham seu diferencial”, afirma.

Confira a entrevista na íntegra:

Ponto de Vista

Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.

A Rádio T pode ser ouvida em todo o território nacional através do site ou nas regiões abaixo através das respectivas frequências FM: T Curitiba 104,9MHz;  T Maringá 93,9MHz; T Ponta Grossa  99,9MHz; T Cascavel 93,1MHz; T Foz do Iguaçu 88,1MHz; T Guarapuava 100,9MHz; T Campo Mourão 98,5MHz; T Paranavaí 99,1MHz; T Telêmaco Borba 104,7MHz; T Irati 107,9MHz; T Jacarezinho 96,5MHz; T Imbituva 95,3MHz; T Ubiratã 88,9MHz; T Andirá 97,5MHz; T Santo Antônio do Sudoeste 91.5MHz; T Wenceslau Braz 95,7MHz; T Capanema 90,1MHz; T Faxinal 107,7MHz; T Cantagalo 88,9MHz; T Mamborê 107,5MHz; T Paranacity 88,3MHz; T Brasilândia do Sul 105,3MHz; T Ibaiti 91,1MHz; T Palotina 97,7MHz; T Dois Vizinhos 89,3MHz e também na T Londrina 97,7MHz.