Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

Coloproctologista de PG destaca a importância da prevenção do câncer colorretal

2024-02-23 às 14:42

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (23), o médico coloproctologia, Dr. João Augusto dos Reis Guerra, comentou sobre o câncer de cólon.

O coloproctologista é o especialista que estuda as doenças do ânus, do reto e do intestino grosso. Ele também realiza procedimentos de diagnóstico como a colonoscopia, ultrassom endorretal e manometria.

Março Azul 

O Março Azul tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e combate do câncer colorretal. “Ele é um câncer que pega a região do intestino grosso, que chamamos de cólon, e o reto, que é a sua última porção antes do canal anal”, explica. “Ele é um tumor que é bem prevalente no Brasil, com aproximadamente 45 mil casos previstos para o triênio de 2022, 23 e 24”, pondera.

O especialista lamenta que na maioria dos casos ele é diagnosticado quando já está em um estágio mais avançado no Brasil. “Eu gosto de conversar com os pacientes que existe um ‘lado bom’ desse câncer, que é o fato de ele dar sinais e poder ser prevenido. Então o foco dessa campanha é conscientizar a população sobre a importância de realizar essa prevenção”, ressalta.

Identificação dos tumores

O Dr. João afirma que a maioria dos tumores pode ser identificada de uma forma precoce através do exame de colonoscopia. “Nós identificamos pólipos, que são similares a uma verruga e se formam no intestino grosso e no reto. Então esse exame nos permite diagnosticá-los e realizar o tratamento de uma forma bem simples, que é a remoção desse pólipos”, destaca.

O coloproctologista pontua que existem alguns sintomas em que é importante que o paciente procure a ajuda de um profissional para realizar essa prevenção. “Um exemplo é a alteração do hábito evacuatório. Então caso o paciente tenha um hábito normal e passe a alterá-lo para ter fezes mais líquidas ou endurecidas, ou ter uma constipação intestinal é importante procurar um profissional para investigar”, explica. “Isso não significa que o paciente está com o tumor, mas é um sinal amarelo que demanda uma investigação”, complementa.

Ele aponta que a perda de sangue nas fezes também demanda uma investigação. “A principal causa de perda nas fezes não é o tumor, porque existem as doenças orificiais como hemorroidas, fissura e até mesmo fístula. Porém esses casos demandam uma investigação e é interessante que o paciente procure a ajuda de um profissional”, pondera.

Aumento do número de casos

O especialista destaca que os hábitos e estilo de vida das pessoas possuem uma forte influência no aumento do número de casos do câncer de cólon. “A sociedade está cada vez mais sedentária e isso acaba gerando um impacto no aumento do número de casos. O consumo [em excesso] de carne vermelha também é um fator que gera um impacto nesse aumento”, assegura. “As carnes brancas [mais magras] são consideradas um fator de proteção”, acrescenta.

O Dr. João afirma que o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo também são fatores que influenciam diretamente nesse aumento do número de casos. “O tabagismo está diminuindo, porém ao lado das bebidas alcoólicas é um fator de risco para o desenvolvimento da doença”, ressalta.

Influência da genética

O coloproctologista explica que existem os casos de câncer hereditário e também os de câncer esporádico. “Em torno de 80% dos pacientes com câncer colorretal fazem parte do esporádico, relacionado aos hábitos de vida e afins, e 20% hereditário, relacionado a algumas alterações genéticas que o paciente herda da família”, finaliza.

Serviço

O Dr. João Augusto dos Reis Guerra atende na R. João Malinoski, 245 – Uvaranas; e o telefone para contato é: (42) 3026-6201.

Confira a entrevista completa: