Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024

Dra. Adriana Lopes explica que as mulheres podem ter qualidade de vida durante a menopausa

2024-03-05 às 14:17

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (05), a ginecologista, Dra. Adriana Lopes, falou sobre reposição hormonal feminina e a menopausa.

Busca pelo conhecimento

Adriana pontua que as mulheres têm buscado o conhecimento cada vez mais. “O nosso compromisso, enquanto profissional de saúde, é passar esse conhecimento para as pessoas para que elas possam ter a opção de seguir fazendo [ou não] determinado tratamento, acompanhamento ou prevenção”, ressalta.

A ginecologista lamenta quando encontra alguém com a idade mais avançada que não teve a oportunidade desse conhecimento. “Dessa forma, essa mulher foi privada de uma qualidade de vida que poderia ter tido. Muitas mulheres querem tê-la, porém infelizmente não têm a informação certa”, pondera.

Modo como as informações são passadas

Ela aponta que a maneira como as informações são passadas afeta muitas mulheres nessa busca pelo conhecimento. “Culturalmente nós temos o hábito de ficar arraigado em informações. Há muitos anos, vinham informações de que o tratamento hormonal para mulheres em menopausa, por exemplo, traziam mais prejuízos do que benefícios”, recorda.

“Porém a ciência evolui através dos estudos e nós precisamos acompanhar essa evolução. Às vezes, essa mudança acontece de uma maneira tão rápida que os profissionais não acompanham todas as áreas e nem todos eles possuem habilidade para esse tipo de tratamento”, acrescenta.

Adriana aponta que existem profissionais que se dedicam mais para esse conhecimento relacionado à atualização científica. “O principal receio da mulher está relacionado àquela informação antiga, que foi passada por um médico antigo ou pessoas próximas e não está atualizada. O que eu percebo é que as oportunidades de troca de informações, através de conversas e palestras, é fundamental para a mulher adquirir o conhecimento e estar atualizada”, assegura.

Tratamento hormonal

A ginecologista explica os benefícios são muito bons em tudo que é feito com critério e também pontua que muitas mulheres têm medo de desenvolver câncer durante tratamentos de reposição hormonal.

“A cada 10 mulheres, oito fizeram uso do anticoncepcional na vida. Então quando falamos que as mulheres fizeram o uso do anticoncepcional por um período de cinco a 20 anos que é um hormônio sintético que não é isomolecular, por que não existe o receio do desenvolvimento de alguma doença?”, questiona. “Quando ela chega na menopausa, o organismo não produz mais o hormônio e precisa aprender a sobreviver. Então após esse período vamos viver sem qualidade de vida? Nesse momento que entra a importância da reposição hormonal”, conclui.

Menopausa, climatério e reposição hormonal

menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce. O climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa é um fato que ocorre durante o climatério.

A reposição hormonal é um tratamento utilizado para aliviar sintomas comuns, que acompanham a menopausa, e trazer qualidade de vida para as mulheres durante o período, segundo a especialista. “A decisão de realizar o tratamento é sempre da paciente e nós respeitamos isso. Porém eu trago a informação e orientação para que ela perceba que pode se beneficiar de uma maneira muito positiva, quando o tratamento e acompanhamento são realizados de uma forma adequada”, finaliza.

Serviço

Você pode acompanhar a Dra. Adriana Lopes pelo instagram.

Confira a entrevista completa: