Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (14), a médica neurologista, Dra. Luciana de Paula Souza falou sobre a medicina do sono.

Semana do sono

A Semana do Sono de 2024 começou no dia 11 e se estende até o dia 17 de março com o objetivo de trazer informações qualificadas para a população sobre o sono. “O que se busca é promover o sono para a população e mostrar às pessoas a importância de dormir. Nós passamos grande parte do nosso dia dormindo e existe uma razão para isso”, explica a Dra. Luciana. “De uma forma breve, quando temos uma rotina muito agitada e não dormimos bem o funcionamento do nosso corpo não é o mesmo, além de não desenvolvermos um bom diálogo e demais tarefas do dia a dia”, complementa.

Qualidade de sono

A qualidade de sono está ligada a vários fatores, que não estão somente ligados às horas dormidas. Para que o indivíduo se sinta descansado ao acordar, é necessário que ele tenha um sono de boa qualidade. Segundo a especialista, a hidratação e a prática de atividades físicas auxiliam as pessoas a terem uma boa qualidade de sono.

“Nós precisamos cansar para dormir, porque se a pessoa passar o dia inteiro deitada o corpo dela não a permitirá dormir durante a noite. Existem também alguns aspectos simples que podem melhorar a qualidade do nosso sono, como nos tornarmos ativos durante o dia, estarmos expostos à luz durante o dia, fazermos atividades físicas e termos uma rotina para poder dormir durante a noite”, afirma.

Medicina do sono

A medicina do sono estuda as funções do sono e os seus principais distúrbios. Ela busca fazer uma avaliação sobre a forma como eles impactam a vida das pessoas. A Dra. Luciana pontua que a medicina do sono ajuda as pessoas a entenderem que elas possuem fatores próprios que podem desencadear esses distúrbios.

“A qualidade do sono possui uma forte ligação com o fator genético e um exemplo são os insones, que em muitos casos possuem um histórico familiar de pessoas que tinham dificuldade de dormir”, ressalta. Além da genética, ela aponta que vários fatores da vida também influenciam nesses distúrbios. “Um exemplo é o período de pandemia pelo qual passamos em que muitas pessoas ficaram sem dormir com medo do que poderia acontecer”, complementa.

A especialista destaca que não podemos mudar a nossa genética nem fatores que são externos e influenciam na qualidade do nosso sono, mas a medicina do sono se faz presente para mudar os simples aspectos do dia a dia que também geram influência, como uma mudança de hábitos para um vida mais saudável através de atividades físicas, hidratação e afins.

Confira a entrevista completa: