Segunda-feira, 07 de Outubro de 2024

Delegado suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco já foi considerado o “Sherlock carioca”

2024-03-26 às 10:08
Foto: Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil

Entre os três presos na operação que investiga os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco aparece o nome de Rivaldo Barbosa. O delegado da Polícia Civil teria dificultado o processo de apuração, permitindo assim que os reais mandantes não fossem capturados.

Barbosa ganhou grande destaque com seu suposto profissionalismo. Em março de 2013, a Veja Rio publicou um perfil dele o destacando como “um policial apaixonado”, “obsessivo ao extremo” e com “compulsão por planilhas”. Além disso, a publicação o chama de “Sherlock carioca”, em alusão ao detetive criado por Arthur Conan Doyle. Clique aqui para acessar o perfil.

Rivaldo Barbosa tem 54 anos. Ele se formou em Direito em 1998, pela Unisuam, e há mais de 22 anos era delegado, no Rio. Entre os casos de destaque da carreira, esteve à frente da investigação que apontou PMs como os assassinos da juíza Patrícia Acioli, em 2011, em Niterói, e do pedreiro Amarildo de Sousa, em 2013, na Rocinha.

Antes de ser nomeado Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dia antes da morte de Marielle e Anderson Gomes, em março de 2018, atuou na Divisão de Homicídios, além de outras delegacias e diversos setores da Polícia.

Depois de deixar a chefia, recebeu cargo na Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais da Secretaria. De acordo com o portal da transparência do Governo do Estado do Rio, no mês de fevereiro, o delegado recebeu mais de R$ 32 mil líquidos como salário.

Além da função de delegado, Rivaldo era professor de Direito há mais de 20 anos na Universidade Estácio de Sá e, desde julho de 2022, também tinha cargo de Coordenador Adjunto do curso, na instituição. Após a prisão, no entanto, a Estácio informou que o professor não faz mais parte de seus quadros, e que já foram tomadas todas as medidas necessárias para sua substituição e para a continuidade das aulas.

com informações da CNN Brasil