Domingo, 06 de Outubro de 2024

Presidente da FMS orienta população a procurar ‘Unidades Sentinelas’ em caso de suspeita de dengue

2024-04-05 às 10:59

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (05), a presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Priscila Degraf, e a vice-presidente, Alessandra Ornat, comentaram sobre os trabalhos realizados no município.

Fundação Municipal de Saúde

A Fundação Municipal de Saúde é o órgão encarregado de ampliar o acesso da população, em especial da mais carente, à assistência à saúde, através dos serviços e ações financiados com recursos públicos, bem como promover a integração dos serviços e ações de saúde, considerados também os serviços não governamentais, através de sistemas regionalizados e hierarquizados de saúde. É encarregada ainda de planejar, coordenar, avaliar e controlar a prestação de assistência integral à saúde das pessoas, através dos serviços e ações financiados com recursos públicos, a nível ambulatorial e de apoio diagnóstico.

“Hoje, a Saúde do município tem um cenário diferente de outras secretarias. Nós somos compostos por 23 gerências, que são as ‘diretorias maiores’ dentro da saúde, e todos são profissionais de carreira e técnicos”, explica a presidente. “Nossos comissionados são assessores e não fazem parte da diretoria, consequentemente não tomam decisões. Todas as nossas gerências e coordenações são técnicas e as decisões são realizadas por aqueles que têm conhecimento na área”, acrescenta.

Problemas na saúde em Ponta Grossa

Priscila pontua que tem consciência que existem muitas coisas que precisam melhorar na área, em Ponta Grossa. “Nós temos humildade [para trabalhar] e tentaremos protocolos novos a partir de estudos técnicos com os profissionais da área. Então toda quarta-feira tem Sala de Situação [de Saúde] em que as gerências e coordenações discutem fluxos de toda a área da saúde”, afirma. “Nós discutimos sobre a Atenção Primária, saúde mental e a parte das reformas, que gera muito impacto porque para a reforma ser realizada é necessário remanejar toda a equipe e pacientes”, complementa.

Ela pontua que o seu método de trabalho é dinâmico para localizar os principais problemas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade. “Para identificar os problemas, eu vou à UBS e passarei o dia inteiro observando quais são as principais reclamações e quais são os principais problemas que ela enfrenta”, assegura.

Superlotação na UPA Santa Paula

Na segunda-feira (1º), a direção da UPA Santa Paula informou, por meio de comunicado publicado nas redes sociais, que a unidade ultrapassou sua capacidade física de atendimento. A orientação à população foi que procurasse as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de referência em situações não urgentes. Segundo a nota, a capacidade operacional da UPA Santa Paula é de, no máximo, 338 pacientes por dia, contudo, até às 11h40 da segunda o número de atendimentos já havia ultrapassado os 290.

Priscila pontua que as UPAs Santana e Santa Paula são administradas pelo INDSH em cogestão com a prefeitura de Ponta Grossa. “A gestão é feita pela empresa e pela direção técnica e, no momento, estamos fazendo reuniões semanais com a empresa na UPA para identificar os principais problemas. Hoje, o principal deles é a superlotação por suspeita de dengue”, pondera.

A presidente aponta que as UPAs Santana e Santa Paula possuem dois perfis diferentes e que, em média, realizam aproximadamente 500 atendimentos diários. “Na segunda-feira, foi ultrapassado 1 mil pacientes, então isso é mais que o dobro de pacientes [que está previsto]. Nesta semana, o Centro de Atendimento da Criança [CAC] teve um índice de aumento de 159% de atendimentos”, ressalta.

Pedido de auxílio para a população

Ela destacou que a população precisa procurar as ‘Unidades Sentinelas’ em caso de suspeita de dengue. “Essas unidades ficam ao lado dos terminais de Uvaranas, Oficinas e Nova Rússia. Nós remanejamos uma equipe extra para atender em cada uma delas com médicos, enfermeiros e técnicos”, afirma. “Então elas realizam o atendimento ao paciente, das 8h às 17h. O paciente que chegar após às 17h, será recolhido e realizará o exame de hemograma, caso necessário, e terá o diagnóstico”, acrescenta.

Priscila explica que quando necessário, esse paciente será remanejado para a UPA. “Nós temos verificado que a maioria dos sintomas são classificação A e B e nas graves [C e D] tivemos somente 31 casos que precisaram de internação”, destaca.

Obra na UPA Santana

A presidente aponta que foi definida, em reunião, a realização de uma pequena obra na UPA Santana. “É uma pequena obra que pode ser realizada em um dia, em que será ampliada uma área para hidratação, que é o principal foco para os pacientes que estão com a doença”, ressalta.

Confira a entrevista completa: