A rede Polishop, cujo nome oficial é Polimport e atua há 29 anos no varejo brasileiro, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça. A solicitação, feita nesta semana, está sendo analisada pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. No processo, a empresa afirma ter dívidas de R$ 352 milhões.
Os advogados da rede, do escritório NDN, alegam que “não há alternativa para superar a situação momentânea de crise econômico-financeira deficitária, senão através de uma reestruturação por meio do processo de recuperação judicial”. Eles observam que o objetivo do pedido é permitir que a empresa “supere as dificuldades e permaneça no mercado gerando renda, empregos e tributos, exercendo, assim, sua função social”.
Em 3 de abril, a Polishop já havia entrado com uma solicitação de tutela antecipada na 2ª Vara de São Paulo, alegando que não estava apta a apresentar o pedido de recuperação por falta de documentos necessários. Ainda assim, precisava de uma “medida urgente” que levasse à suspensão das execuções da dívida e de despejos, que poderiam inviabilizar o negócio. Uma liminar nesse sentido foi concedida no mesmo dia.
Pandemia e juros
A crise, segundo a empresa, foi resultado da pandemia e dos juros elevados praticados no país. O “cenário nefasto” provocado pela da Covid-19, diz o texto do pedido de recuperação, “provocou uma queda de 70% do faturamento da Polimport, além do aumento dos custos fixos”.
“Soma-se a isso”, segue a solicitação feita à Justiça, houve um “aumento brutal da taxa de juros incidente sobre a captação da empresa, de 5% ao ano para mais de 20% ao ano sobre o custo de ocupação das lojas físicas e a queda de faturamento”.