O deputado estadual Marcelo Rangel esteve em sua primeira entrevista como candidato à Prefeitura de Ponta Grossa pelo Partido Social Democrático (PSD), nas eleições municipais de 2024, na manhã desta terça-feira (6), no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba).
Confira os destaques da entrevista:
A convenção do PSD de Ponta Grossa, aconteceu na noite dessa segunda-feira (5), e oficializou a candidatura de Marcelo a prefeito. O evento contou com a presença do governador do Paraná, Ratinho Junior, e de outras autoridades do estado.
Marcelo também é radialista, empresário, ex-prefeito por duas vezes do município e ex-secretário de Estado de Inovação. O candidato se auto define como “uma pessoa comum (…) mas acabei me especializando. Sou uma pessoa experiente por conta das oportunidades que eu tive diante da vida pública”, declarou.
Ao ser questionado sobre comunicadores serem eleitos na política por sua visibilidade ou competência, Marcelo afirma que quem trabalha com a mídia “tem a oportunidade estar na casa das pessoas, então você se torna íntimo. As pessoas consideram você mais amigo, (…) as pessoas têm mais confiança em quem trabalha no rádio”.
Desavenças com a atual gestão
Sobre seu apoio à atual prefeita, Elizabeth Schmidt, nas eleições de 2020 e a desavença entre os candidatos nas eleições de 2024, Marcelo destacou: “a palavra certa é ingratidão”. O candidato diz que no mandato atual foi deixado de lado as pessoas que mais precisam, em questões relacionadas aos programas sociais e saúde do município. “As pessoas me cobram porque eu fui prefeito por dois mandatos, e se nós tivemos sucesso na terceira vitória, dessa gestão, foi por conta do meu pedido que fiz à população do meu programa que iria continuar, mas não continuou”.
Entre os projetos deixados de lado, Rangel cita o aeroporto, “os recursos estão em caixa e não foi realizado absolutamente nada”, explica o candidato. Ainda, os projetos do Lago de Olarias, “são vários os lagos e infelizmente ficaram de lado”, ressalta.
Na saúde, o fechamento do Pronto Socorro “machucou muito a população”, diz Rangel, ressaltando também o fechamento do Pronto Atendimento Infantil (PAI). “Era um sonho de realização em 2016, quando eu iniciei a vida pública. Eu inaugurei com o governador Ratinho Junior no Hospital da Criança e infelizmente o PAI não existe mais”.
Pé de abacate
O candidato ainda cita um motivo que até então não havia sido divulgado, “um pé de abacate que foi plantado por um servidor público chamado sr. Montanha”. Segundo Rangel, o funcionário da Secretaria Municipal de Obras plantou a árvore, a qual não existe mais por conta de seu posicionamento político. “Só porque ele falou que gostava do Marcelo Rangel”.
“Isso é um símbolo. Nós não podemos deixar as pessoas de lado. No momento que cortaram o pé de abacate do sr. Montanha, eu acredito que demonstra, acima de tudo, que a Prefeitura não pode ser usada para perseguir, (…) para forçar alguém a ter posicionamento político, (…) por questões pessoais. Tem que ser usada para a população, para oferecer mais saúde, mais educação, mais qualidade no transporte público”, destacou.
Mercado Municipal
Ao ser questionado sobre sua promessa de campanha anterior que não foi executada, Marcelo explica que na época foi aberto um processo de licitação. “O projeto era lindo, tinha um hotel e o mercado municipal. Mas a empresa quebrou”.
Segundo ele, em suas propostas para esta campanha, a área será usada para um Centro de Operações Especiais da Polícia Militar e da Guarda Municipal, “é um centro integrado de segurança pública”.
O mercado municipal será construído em uma nova área, que será revelada apenas na campanha eleitoral na televisão, e em Parceria Público-Privada (PPP).
Outros candidatos
Marcelo ressalta que os quatro candidatos à frente na pesquisa pré-eleitoral, feita pela empresa Radar Inteligência e encomendada pelo Portal D’Ponta News, todos possuem mandatos; três deputados, dois estaduais e um federal, e a atual prefeita.
“A nossa (deputados) obrigação é cobrar o governo (…), não é ‘recurso do deputado’ (…). Faz parte do nosso dia a dia, é uma obrigação parlamentar”, diz Rangel, enfatizando que é obrigação dos candidatos trazerem recursos para a cidade devido aos cargos ocupados.