Terça-feira, 24 de Setembro de 2024

Candidato a prefeito, Magno Zanellato diz que a estrutura pública tem que ser tratada de maneira técnica e declara: “eu não posso colocar a companheirada”

2024-08-07 às 13:39
Foto: D’Ponta News

O candidato à Prefeitura de Ponta Grossa pelo Partido Novo, Magno Zanellato esteve em entrevista, manhã desta quarta-feira (7), no  programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba).

Confira os destaques da entrevista:

Magno Zanellato tem 52 anos e é médico pneumologista e cirurgião torácico. Foi vereador de Ponta Grossa na gestão de 2017 a 2020. Concorreu outras três vezes a cargos eletivos, mas sem ser eleito – 2018 se candidatou a deputado estadual, em 2020 à reeleição como vereador e em 2022 a deputado federal.

“O Magno é uma pessoa que quer uma política diferente (…). O que é ser diferente? É falar o que o sistema tem de errado, falar a respeito de boas intenções (…), e não de um grupo pequeno de pessoas que tem seus interesses pessoais”, declara o candidato, se auto definindo.

E continua “O Magno é uma pessoa séria e trabalhadora. Eu sou médico e durante 30 anos de profissão a minha vida foi resolver problemas; e eu vejo que a cidade está bem doente, podemos fazer várias melhorias”.

“Eu quero dar voz a algumas pessoas. Não sou conformado de ver uma política que tantas pessoas criticam, mas às vezes não têm iniciativa de entrar. Só através dela nós vamos conseguir mudar”, ressalta.

Magno compara e diz que “uma cidade, na verdade, é uma grande empresa. Tem seus vários departamentos (…) eu acho que isso tem que ser tratado com bastante seriedade, mas principalmente da maneira técnica (…) eu não posso colocar a companheirada, colocar gente que me ajudou na campanha”.

Experiência na política

Sobre seu mandato como vereador, Magno diz: “nós temos que ter pessoas ao lado que nós confiamos, mas essas pessoas têm que ser extremamente técnicas”, afirma.

Quando questionado se conseguiria conciliar essa ação diplomática com o Legislativo e a oposição, o candidato diz que quando se coloca pessoas que trabalharam na campanha trabalhando dentro de uma estrutura da Prefeitura, o governo fica com poucos recursos. “Se começar a atender muitas solicitações, abrir muito a tua negociação para usar a estrutura pública para agradas as pessoas que estão do teu lado, não sobra dinheiro público para realmente usar em infraestrutura, educação, na área da saúde”, critica.

Saúde

Em seu tempo como representante da população na Câmara Municipal, relata que os principais problemas que eram levados a ele, eram na questão da saúde.

Conforme declara, devido à sua experiência na saúde, o município necessitaria ter de três a cinco leitos em hospitais a cada mil habitantes; a média no Brasil é de 2,3 leitos a cada mil habitantes e Ponta Grossa tem média de 1,74, considerando a região dos Campos Gerais, devido à cidade ser um centro de saúde para a macrorregião.

“Nós não temos lugar para internar estes pacientes que precisam ficar internados (…). Não adianta eu fazer duzentas unidades básicas de saúde, não adianta eu fazer dez Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), eu preciso desaguar os grandes problemas de pessoas que estão em situação grave”, pontua.

Sobre o fechamento do Pronto Socorro Municipal e abertura da UPA pela gestão atual, Zanellato diz: “Uma UPA não tem centro cirúrgico” e afirma que apenas o Hospital Regional é insuficiente para atender a região.

“Você vê dia a dia os pacientes indo para Campina Grande do Sul, Campo Largo, Prudentópolis, para Castro (…). Isso não está correto”, declara.

Partido Novo

O partido tem ideias ancoradas na defesa do Estado mínimo. Quando questionado sobre privatizações, Magno diz: “eu sou muito favorável. Os serviços públicos acabam virando balcão de negócios de políticos”.

Concorrentes

Sobre qualidades percebidas por Zanellato nos outros quatro candidatos à Prefeitura, ele define com as palavras: Mabel, “competente”, e diz que a deputada deveria continuar seu trabalho na Assembleia Legislativa do Paraná; Elizabeth, “amarrada”, dizendo que a prefeita teria se comprometido com muitas pessoas em sua gestão; Aliel, “lobby político” – prática exercida por pessoas ou empresas para influenciar os espaços decisórios do poder público –  e aponta que o deputado “usa da posição que está no Governo Federal”; Marcelo Rangel, “ego muito grande, eu acho que a cidade fica em segundo plano”, finaliza.

Assista a entrevista na íntegra: