Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024

Presidente do BNDES rebate declarações do governador de SC sobre investimentos federais na obra do Contorno Viário na Grande Florianópolis

2024-08-09 às 17:17
Foto: Arteris Litoral Sul/Divulgação

Nesta sexta-feira (9), o Contorno Viário da Grande Florianópolis foi inaugurado pelo presidente Lula, na cidade de Palhoça (SC). O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), utilizou as redes sociais para ironizar a inauguração, afirmando que a obra está atrasada há 12 anos.

“É uma obra esperada para aliviar parte do sufoco que as pessoas passam para entrar e sair da nossa Grande Florianópolis. Agora está sendo entregue, porém isso não precisa de inauguração”, afirmou Jorginho. “Aguardo o dia em que o governo federal venha destravar obras públicas que são de inteira responsabilidade de Brasília, como a BR-470. Inaugurar uma obra que o governo não colocou nenhum centavo não tem sentido pra mim”, complementou.

O governador também pontuou que estaria ausente da inauguração devido à sua presença no encontro do Cosud, no Espírito Santo, que reuniu os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, rebateu as declarações do governador de Santa Catarina, afirmando que essa obra não existiria sem a instituição. “Além de ser uma concessão federal, desde 2011, o BNDES financiou diretamente R$ 850 milhões de investimentos da Arteris Litoral Sul S.A, concessionária responsável pela administração do trecho de 356 km da BR-101 que conecta Curitiba ao município de Palhoça, incluindo o Contorno Viário de Florianópolis”, ponderou.

Mercadante também ressaltou que o BNDES foi o único financiador do projeto em seu início, que segundo ele foi o momento de maior risco. “O BNDES ancorou a emissão de uma debênture de R$ 2 bilhões, ajudando a trazer investidores privados e viabilizando a realização da obra”, destacou.

Ele assegura que a declaração de Jorginho desconsiderou completamente a própria concessão federal feita no segundo governo do presidente Lula e a atuação do BNDES. “Isso foi o que tornou possível a entrega do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Na gestão do BNDES, ao contrário de alguns que não sabem conviver com a democracia e com o pacto federativo, continuaremos a seguir a orientação do presidente Lula de atuar de forma republicana na análise de projetos fundamentais para a melhoria da vida do povo brasileiro”, concluiu.