Como ter sua voz ouvida, oficialmente, em tempos de redes sociais? Para dar visibilidade e transparência às ações de combate ao assédio e outras violências, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) lança uma campanha para reforçar os canais oficiais de denúncia e de escuta. A iniciativa faz parte da campanha permanente “UEPG está de olho”, que promove desde 2019 ações de conscientização, abordagens e palestras.
O canal institucional para receber denúncias é a Ouvidoria, pelo telefone (42) 3220 3184, pelo e-mail [email protected] ou neste link. “A Ouvidoria é o canal legítimo para fazer denúncias, solicitações, reclamações ou até mesmo elogios”, orienta a ouvidora da UEPG, Rosaly Machado. Segundo ela, quando a pessoa que passou por uma situação de violência denuncia no canal correto, os procedimentos ganham rapidez e legitimidade.
O processo é simples: qualquer pessoa pode fazer uma denúncia, crítica, sugestão, reclamação ou apontamento à Ouvidoria. As informações podem ser passadas de forma anônima, sigilosa ou identificada. Quando a Universidade recebe esse processo, a ouvidora identifica o departamento ou setor responsável e encaminha para uma resposta. “A ouvidoria não julga nenhum caso, apenas encaminha”, esclarece.
“Se for uma denúncia e houver comprovação dos fatos, há a possibilidade de instaurar comissões de sindicância ou processo administrativo”, explica Rosaly. Por isso, é importante, segundo ela, que denúncias sejam elaboradas de forma bastante completa, com relatos, comprovações e evidências. “Quando a pessoa for fazer a denúncia, principalmente de assédios, é importante que materialize, que coloque anexos, fotos, prints de aplicativos de conversas, para fortalecer a materialidade do processo”. De janeiro de 2022 a agosto de 2024, a UEPG recebeu 17 denúncias de assédio moral e cinco denúncias de assédio sexual. Destas, duas resultaram na exoneração de professores.
Para acolhimento, escuta e orientação, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis tem um canal disponível, por meio do WhatsApp (42) 3220-3237. A pró-reitora Ione Jovino explica que no Canal de Escuta é feito, principalmente, o acolhimento psicológico das vítimas de assédio ou violências. “A equipe também orienta sobre a Ouvidoria e sobre os trâmites que são realizados para fazer uma denúncia e após a realização da mesma. Fazemos esta orientação, sempre que possível, em conjunto com a própria Ouvidoria”, conta. “Nosso principal papel é acolher e orientar”.
Há, ainda, projetos que buscam acolher vítimas de assédio e violências na UEPG, como o Núcleo Maria da Penha (Numape): 42 98881-0663; e o Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Neddij): (42) 3220-3448 e (42) 2102-8942. O Hospital Universitário da UEPG ainda é referência na região para atendimento de pessoas vítimas de violência. A Universidade conta também com a ação “UEPG mais Segura”. Caso qualquer usuário(a) dos campi da UEPG presencie situações de perigo ou anormalidade, a Vigilância pode ser acionada 24 horas por dia, por meio do (42) 99912 0004.
da UEPG