A Itaipu Binacional se destaca como protagonista no debate mundial da transição energética, defendeu o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, em uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (30), no Centro Executivo. Ao longo dessa semana, o diretor cumpre ampla agenda durante o encontro ministerial do GT de Transições Energéticas do G20, em Foz do Iguaçu (PR). No mesmo período, a cidade recebe a 15ª edição da Clean Energy Ministerial (CEM) e a 9ª edição da Mission Innovation (MI), também com participação de representantes da empresa.
“Nós representamos uma política do Governo Federal nessa pauta da transição energética. A primeira usina que trata a questão da produção da energia elétrica acompanhada da preservação ambiental é Itaipu”, afirmou Enio. “Isso nos deu, nesses 40 anos, um acúmulo de experiências, de acertos, de troca de experiências com outros países, que faz com que nós tenhamos essa marca”.
Nos dias 18 e 19 de setembro, o diretor fez parte da comitiva brasileira na Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). Em sua participação, ele falou sobre as ações da empresa na implementação dos ODS. Como exemplo, Itaipu compartilhou o trabalho de sistematização de seus programas feitos em consonância com os ODS.
Para Enio, isso demonstra a relevância da Itaipu no tema. “Nós passamos a ser um player que tem um papel efetivo nas relações, o que justifica nossa presença na Assembleia da ONU, justifica o debate que nós fazemos junto a outros organismos internacionais. E nós passamos a mostrar o que fazemos, com muito orgulho, mas a aprender muito com a experiência de outros países do mundo”.
Outros destaques do diretor
– Brasil na frente em relações às energias limpas: “O Brasil debate a construção de fontes de energia limpa, barata e de qualidade, e a construção de alternativas, visto que a hidroelétrica é a nossa marca, mas temos crescido em relação ao resto do mundo na produção de energia eólica e fotovoltaica. Também temos experiências como a biomassa, o hidrogênio verde e o petróleo sintético”.
– Novas frentes da Itaipu: “Nós tivemos o lançamento do que a gente chama de petróleo sintético, que é o querosene para a aviação. Temos uma unidade de pesquisa grande aqui, em parceria com o Ministério dos Portos e Aeroportos, com o Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação e, inclusive, com grupos alemães que juntos estão fazendo investimentos para que a gente possa criar esse centro de pesquisa. E, por fim, o que está sendo construído agora ainda é a produção da energia solar no fio d’água, no reservatório”.
– Investimento em inovação “O que precisa nesse momento é que a inovação seja resultado de um debate mundial e que o resultado seja público e socializado. Senão, nós acabamos desenvolvendo países que pensam a ciência, que pesquisam, e outros países que formam engenheiros para montar aquilo que outros países pensam. Isso cria uma dependência, uma subordinação de um país sobre outro”.
– Encontros paralelos do G20: “De hoje à noite até quinta, são vários encontros paralelos que armazenam informações, documentos, debates. Normalmente as assessorias dos ministérios, as instituições, as entidades que aqui estarão irão transformar em documentos que irão abastecer os ministros para a reunião de sexta-feira. Normalmente disso já sai muita coisa”.
da Itaipu Binacional