Superação e luta pela vida. Foi assim que a adolescente Geovanna Pontes Menino venceu o internamento de 82 dias no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG). Vítima de um acidente de carro na cidade de Arapoti, a jovem recebeu alta na última segunda-feira (30) e finalmente pôde voltar para casa em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba.
O pai de Geovanna, Elter Gregório Menino, comemorou a alta médica da filha e agradeceu o atendimento prestado por toda a equipe do HU-UEPG. “É uma sensação inexplicável. Gostaria somente de agradecer à equipe médica, técnicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, pessoal da cozinha, limpeza e todos que trabalham no hospital e cuidaram da minha filha”.
Sobre o período de internação, Elter afirma que foi muito complicado e que a maior dificuldade foi a questão psicológica, já que para um pai e uma mãe é difícil ver uma filha na situação que ela se encontrava. “Quando a gente percebia uma melhora, surgia um fato novo e ela piorava”, completa.
“A Direção do HU-UEPG se congratula com o desfecho positivo do tratamento da jovem Giovanna. Um longo processo de muito cuidado para a sua recuperação. Parabenizo todas as equipes assistenciais e administrativas que fazem com que os Hospitais Universitários da UEPG ofertem um serviço de excelência”, destaca a diretora-geral, professora Fabiana Postiglioni Mansani.
Com piora no quadro clínico, Geovanna foi forte e superou adversidades
De acordo com a enfermeira Letícia Gomes, da Seção de Serviços de Enfermagem, a adolescente foi atendida no HU-UEPG no dia 10 de julho. Apenas com dores abdominais, houve uma piora no quadro dois dias depois, com necessidade procedimento cirúrgico no dia seguinte. Já no dia 15 de julho, foi necessária nova cirurgia.
Ela conta ainda que Giovanna foi encaminhada para clínica cirúrgica apenas no dia 25 de agosto. Porém, dia 08 de setembro teve que novamente retornar para a UTI, recebendo alta no dia 14 do mesmo mês. Por fim, a tão aguardada alta hospitalar chegou no dia 30 de setembro.
O enfermeiro da UTI André Luiz Mainardes atendeu diretamente a Giovanna. Segundo ele, durante todo o período de internamento, a família estava muito fragilizada devido ao quadro clínico da filha. “Demos todo o suporte possível para a família e ajudamos no que foi preciso”, garante.
Ele disse ainda que é impossível a equipe não se envolver em situações como essa com pacientes. “Uma menina jovem, de apenas 12 anos de idade, e com toda a vida pela frente”, relata. “A equipe toda se sensibiliza, não apenas a de enfermagem, mas também a equipe médica, psicologia, todos tentam ajudar da melhor forma possível”.
Família também se desdobrou para ficar próxima de Giovanna
Por morarem em outro município, Elter conta ainda que ficar próximo da filha Giovanna não foi fácil. Segundo ele, sua esposa e o filho mais jovem do casal ficam todo esse período de internamento na casa de uma tia da sua companheira.
Quem realiza o acompanhamento familiar nesse tipo de situação no HU-UEPG é a equipe do Serviço Social. De acordo com a coordenadora do setor, Kelly Crivoi, foi feito contato com a rede municipal de educação para que o irmão de Giovanna pudesse frequentar as aulas em uma escola de Ponta Grossa, para que não houvesse prejuízo no seu ano letivo.
Além disso, Kelly conta também que foi solicitado ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para a concessão de benefícios socioassistenciais eventuais (como cesta básica, por exemplo) durante a permanência da família em Ponta Grossa.
da UEPG