A programação do Outubro Rosa promovida pelo Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão e pela Assessoria de Responsabilidade Social da Itaipu Binacional terminou nesta quinta-feira (31) do jeitinho que começou: com remadas, acolhimento e muita diversão. Funcionárias terceirizadas participaram do último passeio de barco da categoria canoagem Dragon Boat com as remadoras rosas da equipe Meninas do Lago, no Canal da Piracema. Durante o mês, empregadas da Usina viveram a mesma experiência. A cada remada, uma mensagem de superação, autocuidado e amor ao próximo. A iniciativa emocionou as participantes.
Foi uma oportunidade de remar e conhecer as histórias das remadoras rosas, mulheres que venceram o câncer de mama ou estão tratamento e hoje servem de inspiração na luta contra a doença. Foram ao todo quatro passeios de canoagem, divididos entre empregadas e terceirizadas, numa média de 10 a 15 pessoas por grupo, durante todo o mês.
Segundo Jessica Maris da Rocha Maciel, coordenadora do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão, o feedback das participantes não poderia ser melhor. Quem participou adorou a experiência, tanto o público interno como as remadoras rosas. “O resultado foi muito positivo, não só por causa da energia contagiante do momento, no qual todas se emocionam e se divertem, mas também porque as Meninas do Lago aproveitam a ocasião para mostrar o trabalho delas, divulgar suas redes sociais, conversar, trocar um pouquinho de ideias sobre o tipo de trabalho de conscientização que elas fazem, que vai muito além do esporte”, destaca.
Para Jessica, essa iniciativa também ajuda a quebrar falsos mitos sobre pessoas doentes, muitas vezes consideradas fragilizadas. “Geralmente acreditamos que a pessoa com câncer de mama se torna extremamente frágil. As remadoras rosas mostram exatamente o contrário. Portanto, a convivência com essas mulheres tão inspiradoras – numa ação tão importante – empodera as nossas empregadas e terceirizadas”, conclui.
Segundo Márcia Iuliano, uma das coordenadoras das remadoras rosas, o objetivo da equipe “é conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce, do autoexame, fazer com que elas se olhem, se cuidem, se observem para que, se aparecer alguma coisa, saibam o que fazer e saibam, principalmente, que existe uma vida saudável depois do câncer”.
Além da atividade esportiva, as Meninas do Lago fazem visitas quinzenais ao setor de Oncologia do Hospital Ministro Costa Cavalcanti para se reunir com mulheres em tratamento do câncer de mama. Nesses encontros, além de dividirem a história de cada uma, elas aproveitam para convidar as internadas a fazer parte da equipe Meninas do Lago, patrocinada pela Itaipu Binacional.
As remadoras também produzem mamas de crochê e de tricô para ajudar quem passou pela mastectomia total e não fez a reconstrução do seio. “É uma forma de resgatar a autoestima”, reforça Márcia. Ela conta que, no começo, as mulheres ficavam bastante apreensivas, mas agora a adesão tem sido bem grande e muitas já estão vindo conhecer o projeto antes mesmo de poder remar com a equipe.
Emoção de terceirizadas e empregadas
Ao saber do convite para o evento, mesmo com medo de água, Maria de Fátima Souza de Macedo, prestadora de serviços no Escritório Central, não pensou duas vezes. “Vi uma oportunidade única. Eu tenho passado por esse momento com a minha irmã (ela está em tratamento contra o câncer) e olhar nos rostos dessas mulheres nos traz uma visão diferente. Estou muito feliz por estar aqui com as minhas amigas”, falou.
A prestadora de serviço Emily Gabrielly Cover, do Refúgio Biológico Bela Vista, que nunca teve a oportunidade de remar, também ficou muito feliz. “Nunca fiz canoagem. Essa é a primeira vez e é mais do que especial, já que estamos aderindo a uma causa importante, aliando esporte e conscientização.”
Para a empregada Graciele Oliveira, da Superintendência de Operação, que participou do remo no último sábado (26), fazer parte dessa ação foi inspirador. “Senti uma energia incrível ao remar ao lado de mulheres tão alegres, cada uma com uma história de superação que transforma o ambiente e contagia a todos. Participar dessa ação teve um simbolismo forte para mim. É uma maneira de celebrar a força e a resiliência que todas essas mulheres representam. Foi um momento para se unir, compartilhar e sentir que, juntas, somos ainda mais fortes. Além, é claro, de refletir sobre a importância do autocuidado”, comemora.
Graciele Oliveira nunca tinha remado antes e gostou tanto da experiência que pretende repetir. “Elas são umas delícias de pessoas! É muito legal estar com mulheres tão alto astral, com energia tão boa. Estar em contato com a água me renova de um jeito especial. Adorei mesmo! Já quero mais”, conta, rindo.
Quem também embarcou nessa no último sábado foi a empregada Carla Aparecida Moura de Oliveira, da Divisão de Cadastro de Administradores e Fornecedores. “Foi extraordinário, nunca tinha tido uma experiência igual. Foram vários sentimentos, o exemplo da ação em si, de todos os envolvidos, mas acima de tudo delas, as guerreiras. Teve um momento em que paramos no meio do rio e elas, em sua sabedoria, fizeram agradecimentos a Deus, ao universo, à natureza, a nós, e fizeram orações e exalaram amor pelas guerreiras que não estavam ali, algumas em hospitais.” Carla ficou tão emocionada que foi às lágrimas. “Eu chorei, sabe, até agora me emociono, porque elas têm gratidão e exalam amor.”
Mais programação
Este ano o Outubro Rosa integra também a programação do Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata. No dia 10 de novembro, acontece a Corrida e Caminhada pela Vida, para empregados(as) e familiares. No dia 13, a empresa promove a Palestra “Saúde Integral do Homem”, com o Dr. Drauzio Varella, o médico mais famoso do Brasil, às 19h, no Grand Carimã Resort (Av. Das Cataratas, 4790) totalmente gratuita.
Drauzio Varella é médico cancerologista, formado pela USP. Deu aulas em várias faculdades do Brasil e em instituições do exterior, como o Memorial Hospital de Nova York, a Cleveland Clinic (EUA), o Instituto Karolinska de Estocolmo, a Universidade de Hiroshima e o National Cancer Institute de Tóquio. Foi um dos pioneiros no tratamento da AIDS, especialmente do sarcoma de Kaposi, no Brasil. Atualmente, dirige no rio Negro um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras com o intuito de obter extratos para testá-los experimentalmente em células tumorais malignas e bactérias resistentes aos antibióticos. Idealizou e dirige o site, que prioriza a divulgação de informações e orientações médicas ao público leigo em linguagem simples e objetiva.
Da assessoria