Nesta terça-feira (19) aconteceu na Universidade Estadual de Ponta Grossa – promovido pelo Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial (Compir), em parceria com a UEPG e a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – o 3º Fórum Municipal da Promoção e da Igualdade Racial. O evento contou com apresentações culturais, palestras e debates sobre o tema.
Representando a prefeita Elizabeth Schmidt no Fórum, a secretária municipal da Família e Desenvolvimento Social, Tatyana Belo, aponta que o evento é um espaço fundamental para refletir sobre os avanços, mas, principalmente, para discutir as inúmeras desigualdades que ainda precisam ser superadas.
“O caminho para a verdadeira igualdade racial passa, entre outras coisas, pela promoção de políticas públicas efetivas, pela conscientização da população, pela valorização da diversidade e pela eliminação de todas as formas de racismo, seja ele velado ou explícito”, destaca Tatyana.
Eduardo de Oliveira Filho, diretor para a Igualdade Racial, Povos e Comunidades Tradicionais, da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, salienta que o Dia da Consciência Negra traz reflexões sobre a luta, a resistência e a contribuição da população negra para a sociedade brasileira, considerando que no Paraná 34% da população é considerada preta ou parda.
“Tivemos ao longo do ano passado e deste ano ações como por exemplo: a criação do Conselho dos Povos Indígenas, a realização da Conferência Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais, em que o governo Ratinho Júnior teve essa honradez e a sensibilidade de fazer. Nós temos que cumprir a lei com a garantia de direitos para todas essas pessoas, não apenas pelo letramento racial por meio de uma educação fortalecida, mas também por meio de ações afirmativas não apenas em datas específicas”, disse Oliveira Filho.
A presidente do Compir, Cristiane Zelinski, comenta que, no Brasil, a Constituição garante a igualdade de direitos, mas ainda na prática o racismo está enraizado em nossa sociedade. Ela pontuou a luta dos movimentos raciais em Ponta Grossa e a dificuldade de implementação de políticas afirmativas para o povo preto.
“É fundamental que, em todos os espaços, seja no ambiente educacional, no mercado de trabalho, na política ou na mídia, possamos ver representações verdadeiras e diversificadas da população negra. Não basta falar sobre igualdade racial, é necessário agir para que ela se torne uma realidade tangível para todos”, disse Cristiane.
O evento contou com o Painel temático ‘A importância da Educação na construção de uma Sociedade mais justa e igualitária’, bem como com as palestras de Merylin Ricielli dos Santos, doutora em História, pesquisadora das Relações Étnico Raciais e ativista do movimento negro; Eduardo de Oliveira Filho, diretor para a lgualdade Racial, Povos e Comunidades Tradicionais da Semipi; e de lone da Silva Jovino, doutora em Educação e membro do Compir.
da assessoria