A Universidade Estadual de Ponta Grossa promoveu ações afirmativas e culturais para comemorar o Dia de Zumbi e da Consciência Negra, marcado como feriado nacional pela primeira vez, em 20 de novembro, última quarta-feira. O Museu Campos Gerais (MCG) realizou atividades para valorizar a cultura afro-brasileira. A UEPG também foi palco de discussões com a realização do 3º Fórum Municipal de Promoção da Igualdade Racial, ocorrido em novembro.
Debates contra o racismo
No dia 19, o Grande Auditório do Campus Centro da UEPG recebeu a abertura do 3º Fórum Municipal de Promoção da Igualdade Racial, realizado pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir). O evento promoveu palestra que trouxe o tema central desta edição do Fórum – A importância da educação na construção de uma sociedade mais justa e equalitária.
A pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG, professora Ione Jovino, representa a Universidade no Compir e esteve presente na abertura do Fórum. “A luta contra o racismo e pela promoção da igualdade racial abrange diversos setores da UEPG. É uma honra representar a Universidade nesta parceria com o Conselho, que tenho certeza que irá perdurar por muitos outros anos, celebra a pró-reitora”, afirmou.
Ações culturais
O Museu Campos Gerais realizou ações culturais alusivas ao Dia da Consciência Negra, entre os dias 19 e 20. Na noite do dia 19, terça-feira, a exposição África(nidades) e(m) Máscaras inaugurou no prédio histórico do Museu, apresentando a diversidade cultural por meio das obras de artistas de diferentes locais do continente africano e regiões do Brasil.
Durante o feriado, a sede do Museu foi ponto de partida de um percurso pela história do povo negro em Ponta Grossa – a Rota Preta, projeto coordenado pelo MCG e o Programa de Pós-graduação em História (PPGH) promoveu a visita por dezesseis locais históricos significativos para o município, afim de destacar a herança e a contribuição da população negra ao município.
A coordenadora da Rota Preta, Merylin Ricieli dos Santos, guiou, ao longo do dia, mais de 50 pessoas por locais que remontam à criação e desenvolvimento da cidade para “colocar na escrita quem já está na História”. Santos, que é historiadora e pesquisadora em questões raciais, destaca a satisfação em ver o público desenvolver nova perspectiva sobre a história da cidade. “Quando pensamos nos indivíduos, principalmente os invisibilizados, como agentes do processo de formação da cidade, abrimos as portas para refletir as questões raciais”, celebra.
“A Rota Preta leva o Museu para fora das suas paredes e coloca a a UEPG na rua, para dialogar com atores sociais e conhecer novas dinâmicas culturais”, destaca o diretor de Ações Educativas e Extensão do MCG, professor Ilton Cesar Martins. Para ele, as atividades desenvolvidas pelo Museu em celebração à data atingiram seus objetivos e mostram que sua proposta educativa e cultural segue alinhada com discussões relevantes para a comunidade.
da assessoria