A Defesa Civil Estadual recebeu o reforço de 44 servidores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV). O time, que passa a fazer parte do quadro fixo, recebeu um curso de nivelamento com duração de dois dias concluído nesta sexta-feira (06). O grupo, formado por bombeiros da reserva, possui larga experiência no atendimento externo, inclusive em grandes desastres.

O reforço da equipe é parte de uma série de medidas adotadas pela Defesa Civil para prevenir e mitigar os efeitos de possíveis desastres no Estado. Nos últimos anos, grandes enchentes e deslizamentos que ocorreram no Paraná levaram o estado a fortalecer a atuação para o enfrentamento destas situações.

“São profissionais que tiveram no mínimo 30 anos no Corpo de Bombeiros, então eles já atuaram em muitas situações e estão familiarizados com o processo da Defesa Civil”, afirma com o coordenador executivo da Defesa Civil Estadual, o tenente-coronel Ivan Fernandes.

A atividade deles vai fortalecer a articulação nos 10 Núcleos de Atuação Regional (Nars). Além do atendimento aos desastres, eles serão essenciais nas ações preventivas de orientação aos municípios e de auxílio para a atualização do Plano de Contingência. “Nesse período em especial, quando há troca de prefeitos, muitas vezes acontece também a troca das equipes municipais de Defesa Civil. Eles terão papel importante nesses processos. E mesmo nas situações de desastre, eles serão o nosso ponto focal, principalmente no interior do estado”, explica o coordenador.

Este ano o governo, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), publicou dois editais de chamamento para os servidores da reserva com diversas vagas para a Defesa Civil. Os candidatos passaram por exames de saúde e testes físicos antes de assumirem as funções.

O curso de nivelamento, com carga de 16 horas, abordou conceitos básicos de Defesa Civil, com ênfase na legislação vigente e no atendimento aos casos. Os aprovados também receberam orientações sobre o sistema e as tecnologias utilizadas nas etapas de identificação e registro dos riscos associados aos desastres.

EXPERIÊNCIA – O sargento Edivaldo Antunes, de Paranavaí, Noroeste do Estado, estava há seis anos na reserva e viu nesta oportunidade a chance que procurava para retornar ao trabalho. “Era o que que queria, minha intenção era voltar. Eu já atuava nessa área, fazendo o mapeamento de risco dos municípios. Agora com esse curso aprendemos coisas que eu não tinha conhecimento, sem falar que ajuda a gente a falar a mesma língua”, avalia.

O primeiro sargento Enio Vilela, de Curitiba, integrou o Grupo de Operações de Socorro Tático (GHOST). Ficou um ano e oito meses na reserva até encontrar um novo ofício. “Eu trabalhei na área operacional do Corpo de Bombeiros e agora com a Defesa Civil a gente vai interagir com atividades muito parecidas. Esse curso nos capacita para essa parte das leis o que é novo pra mim”, avalia.

“Esse curso trouxe novos aprendizados, principalmente na teoria porque na prática conheço bem depois de 35 anos nos Bombeiros”, declarou o primeiro sargento Amarildo de Lima, de São José dos Pinhais.

AEN