Profissionais da Divisão de Medicina do Trabalho e do Corpo de Bombeiros da Itaipu Binacional participaram, segunda (9) e terça-feira (10), de um treinamento imersivo em atendimento pré-hospitalar de trauma grave. Chamado PHTLS, o treinamento é considerado padrão no segmento e com certificação internacional. Socorristas terceirizados e soldados do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Foz do Iguaçu também receberam a capacitação, como convidados.
O PHTLS (da sigla em inglês Prehospital Trauma Life Support) foi desenvolvido pela National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT), dos Estados Unidos, e é focado em atividades práticas, como resgate de vítimas de acidentes, quedas, queimaduras com explosão e choques elétricos, entre outras situações. Na Itaipu, o treinamento foi aplicado pelo Núcleo de Ensino em Saúde e Emergência de Sergipe (Neses), com carga horária de 16 horas.
O diretor administrativo do Neses, Fabrício Oliveira, disse que um dos diferenciais do curso é o uso de manequins vivos, para simular as vítimas. “Esse treinamento foi criado justamente para que o atendimento pré-hospitalar tenha mais qualidade. Quando são seguidos os padrões de atendimento do PHTLS, o índice de sequelas [no paciente] é muito baixo”, afirmou, destacando que o participante recebe uma certificação internacional que vale em qualquer lugar do mundo, por quatro anos.
A coordenadora da atividade pela Itaipu, Grazieli Loise Pereira Hoppe, explicou que a participação de profissionais de outros órgãos da cidade – como o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná – vai permitir que o conhecimento adquirido no curso seja disseminado dentro e fora da empresa, beneficiando a sociedade de forma geral. No total, receberam treinamento 18 pessoas, entre enfermeiros, médicos e outros profissionais de saúde.
“As atividades práticas possibilitam exercitar, com realismo, o atendimento ao traumatizado, dentro do princípio de realizar na cena somente as intervenções necessárias. O PHTLS preconiza evitar a perda de tempo no local, minimizando o dano ao traumatizado grave”, afirmou Grazieli.
Ex-bombeiro militar e há oito anos trabalhando na Itaipu, Renato Augusto Depra, da Divisão de Segurança da Central, aprovou a iniciativa. “Posso dizer que o curso é nota 10. Recebemos apostila e, somente na parte teórica, já conseguimos nos atualizar bastante. Mas praticar o que a gente estudou é muito importante e vai contribuir muito com o nosso trabalho”, afirmou o colega, que também é instrutor de primeiros socorros. Ele destacou a atenção dada à parte fisiológica da vítima como um dos diferenciais do curso. “Isso vai melhorar a avaliação da vítima no local do acidente.”
Para o bombeiro militar Renan Moreira, que atua como socorrista, a troca de experiências com os profissionais da Itaipu e de outras áreas permite ampliar o aprendizado. “Somos grupos e profissões diferentes e estamos sendo tratados da mesma forma. Isso faz com que o conhecimento seja passado de forma mais isonômica”, comentou.
Da assessoria