As resoluções de Ano Novo são uma tradição compartilhada por muitos. Elas oferecem uma oportunidade de reflexão sobre o ano passado e de traçar metas para o futuro. Apesar de serem amplamente vistas como positivas, é importante considerar tanto os benefícios quanto os riscos que elas podem trazer para a saúde mental.
Estabelecer resoluções pode ser uma forma poderosa de promover autodesenvolvimento e crescimento pessoal. Para começar, as metas fornecem direção e foco, ajudando as pessoas a se sentirem mais motivadas e organizadas. O processo de pensar sobre o que queremos mudar ou melhorar em nossas vidas nos obriga a olhar para dentro e identificar áreas em que há espaço para crescimento.
Mas resoluções também podem acarretar riscos significativos para a saúde mental, especialmente quando não são abordadas de forma realista ou saudável. Um dos maiores perigos é a definição de metas inalcançáveis ou excessivamente rigorosas. Quando as pessoas falham em cumprir suas resoluções, isso pode gerar sentimentos de frustração, culpa e baixa autoestima.
Além disso, o perfeccionismo associado a essas metas pode levar a um estresse desnecessário. Em vez de promoverem motivação, resoluções irreais podem se transformar em uma fonte constante de pressão, afetando negativamente a saúde emocional e mental. Nas redes sociais, muitas pessoas sentem a necessidade de compartilhar suas resoluções e seus progressos. Isso pode levar a comparações prejudiciais com outras pessoas, aumentando os sentimentos de inadequação ou fracasso.
Para minimizar riscos, trago algumas sugestões. Primeiro, as metas devem ser realistas e alcançáveis. Ou seja, dividir grandes objetivos em passos menores e mais gerenciáveis vão te ajudar a manter o progresso consistente e reduzir a possibilidade de desânimo.
Em vez de “vou perder 5kg em 1 mês”, que tal começar com “tomar refrigerante apenas uma vez por semana” ou então “vou caminhar 15 minutos quatro vezes por semana”? Muitas vezes, temos um ideal a ser alcançado (perder peso) que pode ser quebrado em pequenas atitudes somadas (diminuir o consumo de açúcar e fazer uma atividade física) e não em uma dieta maluca, por exemplo. Podemos falar também sobre a d
Segundo, é importante lembrar que o progresso nem sempre é linear. Permitir-se falhar e reajustar as metas é uma parte fundamental do processo. Estabelecer um foco no aprendizado e na evolução, em vez de na perfeição, pode aliviar a pressão.
Por último, é essencial priorizar metas que estejam alinhadas com valores pessoais e que promovam um bem-estar genuíno, em vez de objetivos que se baseiem em expectativas externas ou comparações sociais.
As resoluções de Ano Novo têm o potencial de serem ferramentas poderosas para crescimento e mudança, mas é necessário abordá-las com realismo e autocompaixão. Ao equilibrar desejo com autocuidado, é possível transformar essas metas em um aliado da saúde mental no ano que se inicia.