A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) participou, nesta quarta-feira (8), de ato em defesa da democracia e em repúdio aos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O evento incluiu ato solene e um abraço coletivo à Praça dos Três Poderes, que foi duramente atacada naquele dia.
“Foi um ato emocionante, seguido de um abraço à Praça dos Três Poderes. Essa data é muito importante para reafirmarmos o compromisso com a democracia. O dia 8 de janeiro não foi um simples passeio ou uma ação isolada de vândalos, mas uma tentativa orquestrada de criar um clima propício para um golpe de Estado. Nós resistimos e vencemos, mas é fundamental que todos os responsáveis sejam devidamente punidos”, destacou Gleisi.
A deputada também reforçou sua posição contra qualquer tipo de impunidade, enfatizando que as instituições devem agir com firmeza. “Não pode haver anistia, nem para civis, nem para militares. A farda não será um escudo para proteger quem atacou a democracia. Todos devem responder por seus atos. Não podemos passar pano! Sem anistia”, reforçou.
Um dos pontos altos da programação foi a exposição, no Palácio do Planalto, de 21 peças que foram recuperadas. O quadro “As Mulatas”, do pintor carioca Di Cavalcanti, parte do acervo da história da República e das artes do Brasil, está de volta à sede da Presidência. Avaliada em R$ 8 milhões, a obra foi rasgada durante o atentado, mas restaurada graças aos esforços do governo Lula.
O relógio de pêndulo Balthasar Martinot Boulle, presente de Luís XIV, rei da França, a D. João VI, precisou ser enviado à Suíça, após formalização de Acordo de Cooperação Técnica junto à Embaixada do país europeu, para que pudesse ser recuperado. Existem apenas dois relógios Martinot no mundo: o outro está exposto no Palácio de Versailles. Ou seja, trata-se de uma peça cujo valor está fora dos padrões.
Por fim, a escultura de parede em madeira feita pelo polaco-brasileiro Frans Krajcberg, estimada em R$ 300 mil pelo governo federal, é mais uma obra de arte reincorporada ao acervo da Presidência e ao patrimônio público.
Da assessoria