De acordo com a sentença da juíza federal substituta Sandra Regina Soares, oito pessoas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foram condenadas por crimes de organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro contra o senador Sergio Moro e sua família.
A Operação Sequaz, deflagrada em março de 2023 pela Polícia Federal, revelou um plano do grupo criminoso de sequestrar Moro como retaliação pelas ações adotadas por ele quando foi ministro da Justiça, como a transferência de lideranças do PCC para presídios federais de segurança máxima e a proibição de visitas íntimas nesses presídios.
Em uma publicação nas redes sociais, Moro agradeceu às autoridades envolvidas na operação, mas afirmou que “falta descobrir o mandante do crime” e que a investigação da Polícia Federal precisa continuar com esse objetivo. Ele disse que irá solicitar providências nesse sentido ao ministro da Justiça.
A denúncia do Ministério Público Federal, acolhida pela Justiça Federal em maio de 2023, apontava que o grupo pretendia obter vantagens materiais com o sequestro, como a revogação das medidas adotadas por Moro, além de difundir sensação de pânico na população e em autoridades públicas.
Segundo a sentença, o plano do PCC para sequestrar o senador previa custos de ao menos R$ 564,5 mil, incluindo gastos com armas e veículos. No entanto, o sequestro não chegou a ser concretizado devido à descoberta de uma fraude na locação de um apartamento em Curitiba, que seria utilizado pelos criminosos.
Com informações de Jornal de Brasília.