Ao Brasil chegaram Portugueses, Italianos, Ucranianos e tantos outros povos maravilhosos! Mas, e quanto à gramática normativa de nosso idioma? A ela chegaram diversos elementos que nos possibilitam a falar e a escrever melhor.
O caso primeiro a ser verificado nesta crônica é o verbo “chegar”. Quem chega, chega “a” algum lugar, portanto, o correto é chegar ao Brasil, não “no” Brasil.
Sigamos com nossa aventura pelo universo gramatical: outro aspecto que gera conflito é quando usamos o verbo comunicar. Vejamos: “Ele comunicou ‘os amigos’ da viagem.” Comunica-se alguma coisa a alguém, e não comunica-se alguém de alguma coisa: “Ele comunicou a viagem aos amigos”.
De igual modo, alguma coisa é comunicada, mas ninguém “é comunicado de alguma coisa”: “As mudanças foram comunicadas aos empregados da fábrica”.
Outros verbos, que são regidos pela mesma norma e podem se assemelhar a comunicar, são: cientificar, notificar e avisar.
Bem, se usando todas essas supracitadas normas, um determinado candidato a emprego na área de comunicação for aprovado, poderia dizer que “Conseguiu ‘com que’ o contratassem”. Aí o pesadelo começa, pois a forma ‘com que’ é inadequada. Por influência de ‘fazer com que’, verbos como conseguir, permitir e evitar são usados erradamente.
Aqui a dica é sucinta: evite o uso do ‘com que’ a todo custo: “O empregado conseguiu que sua obra fosse aprovada”. Simples, não é mesmo?
Tantas normas nos fazem pensar que, ao longo de muitos anos de escola, nossos professores contribuem ‘com’ o sucesso de nossa aprendizagem. Isso é a mais autêntica verdade, mas cuidado ao escrever e falar o verbo contribuir com o uso do ‘com’. Trata-se de inconveniência gramatical.
Prefira o uso de: “Ele contribuiu ‘para’ o sucesso da aprendizagem de seus alunos. O ‘para’ funciona muito bem e substitui à altura o ‘com’.
Para finalizar, podemos dizer que demos à luz novos conhecimentos gramaticais, não é verdade? Vejam bem que usei ‘dar à luz’, sem artigo nem preposição depois. Seria totalmente equivocado usar ‘dar à luz a’. Fiquem atentos!
Encerro nossa crônica desta quarta-feira, com uma frase de Matheus Carmezim, sobre erros de Português:
“Não me julguem por erros de Português passados, sei que muitos porquês (até esse) estão errados!”