Sábado, 22 de Fevereiro de 2025

Suspeito de matar criança de dois anos brutalmente é linchado por multidão

Arthur Ramos Nascimento foi encontrado com diversas marcas de violência; vídeo mostra o linchamento
2025-02-19 às 12:43

Um crime bárbaro chocou os moradores de Tabira, no Sertão de Pernambuco. Antônio Lopes Severo, de 42 anos, foi linchado e morto por populares na noite desta terça-feira (18), após ser preso sob suspeita de violentar e assassinar Arthur Ramos Nascimento, uma criança de apenas 2 anos. O caso ocorreu enquanto o suspeito era transferido para a delegacia local.

A vítima, Arthur, foi encontrada com marcas de agressão por todo o corpo no último domingo (16) e levada ao hospital da cidade, onde não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil classificou o caso como homicídio decorrente de violência doméstica e familiar. Antônio e sua companheira, Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, que cuidavam do menino enquanto a mãe trabalhava em outro estado, foram apontados como os principais suspeitos.

Linchamento durante transferência policial

O casal foi localizado na zona rural do município vizinho de Carnaíba em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Durante a escolta até a delegacia de Tabira, uma multidão revoltada interceptou a viatura policial. Antônio foi retirado à força do veículo e agredido violentamente. Ele chegou a ser socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Imagens do linchamento circularam nas redes sociais, mostrando a revolta da população. Já Giselda conseguiu escapar das agressões e permanece sob custódia policial.

Investigação em andamento

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar tanto o linchamento quanto o crime contra Arthur. A conduta dos policiais responsáveis pela escolta também será investigada para verificar possíveis falhas na segurança dos detidos.

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A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco lamentou os episódios de violência e reforçou que atos como linchamentos dificultam as investigações e comprometem o devido processo legal. “Entendemos a dor da comunidade, mas é essencial que se confie nas instituições para que a justiça seja feita dentro da lei”, afirmou o órgão.