Uma criança de 2 anos, residente em Windhoek, Namíbia, está enfrentando sérios danos no olho esquerdo após ser infectada pelo vírus do herpes, aparentemente transmitido por um beijo. A infecção, que comprometeu a maior parte da visão e da sensibilidade ocular, tem exigido um longo e delicado processo de tratamento, que já dura sete meses.
Michelle Saaiman, mãe do menino, compartilhou sua história nas redes sociais para conscientizar sobre os riscos de contato próximo com bebês, como beijar os olhos. Segundo ela, a infecção começou há aproximadamente sete meses, quando o filho de 1 ano e 4 meses desenvolveu uma infecção ocular. Inicialmente, foi prescrito um colírio antibiótico, mas dois dias depois, a condição do menino piorou. Ele não parecia sentir dor e sequer reagiu quando tocou o dedo no olho, o que levou os pais a buscarem um oftalmologista.
“Meu filho foi diagnosticado com vírus do herpes no olho esquerdo. Sim, herpes, o mesmo vírus que causa aftas e feridas nos lábios. Eu nunca tinha ouvido falar de algo tão absurdo. Uma ferida de febre crescendo na córnea?!” relatou Michelle, surpreendida pela gravidade da doença.
Conforme o Metrópoles, o tratamento envolveu uma série de procedimentos, incluindo duas cirurgias, hospitalizações, biópsias e o uso de medicamentos específicos preparados por um farmacêutico. O custo total foi elevado, e a família teve que investir milhares de dólares.
Michelle também ressaltou os riscos do vírus, que pode afetar o cérebro se não for tratado, gerando complicações sérias. “Como o vírus do herpes não pode ser curado, apenas controlado, ele tende a reaparecer de tempos em tempos — e, infelizmente, foi isso que aconteceu com nosso bebê”, lamenta a mãe.
Os médicos explicaram que o vírus provavelmente foi transmitido por alguém com uma afta ativa, que pode ter beijado o olho da criança ou tocado em sua mão, fazendo com que o bebê tocasse no olho. A lesão resultante foi uma ferida de 4 mm na córnea, visível e muito traumática para os pais. Caso a ferida não cicatrize, a criança pode perder completamente a visão no olho afetado.
Em busca de alternativas, a família viajou para a África do Sul para consultar um oftalmologista pediátrico. “Hoje, nosso bebê passou pela primeira de três cirurgias na tentativa de salvar seu olho”, explicou Michelle.
A próxima fase do tratamento envolve a retirada de nervos da perna para implantá-los no olho, com a esperança de que um transplante de córnea possa ser possível. No entanto, a mãe admite que ainda não sabe se a visão do filho poderá ser restaurada. “Aceitamos que ele pode muito bem ficar permanentemente cego do olho esquerdo”, disse Michelle.
Como advertência final, ela compartilhou: “Moral da história: não deixe ninguém beijar seu bebê. Um vírus tão simples causou tanto trauma e dano que simplesmente não vale o risco.”