A coleta de lixo em Ponta Grossa tem enfrentado uma série de desafios, com os garis sofrendo lesões devido ao descarte inadequado de resíduos pelos munícipes, conforme documento obtido pela equipe do D’Ponta News. Entre os acidentes registrados de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, um caso particularmente preocupante envolveu um ferimento causado por uma agulha hospitalar que foi descartada de forma inadequada.
Em 17 de janeiro de 2025, um colaborador da Ponta Grossa Ambiental Concessionária (PGACSP) sofreu um acidente durante a coleta de lixo em uma residência na Rua Margonita. Ao retirar sacos de lixo de uma cestinha suspensa no gradil, ele esbarrou com a coxa direita devido ao peso do material e, ao verificar a causa da dor, descobriu que havia uma seringa hospitalar com agulha misturada ao lixo.
Além desse caso, outros acidentes foram registrados devido a cacos de vidro e mordidas de cães. Em 17 de dezembro de 2024, um colaborador sofreu um corte no antebraço esquerdo ao encontrar um caco de vidro solto em uma lixeira no Jardim Carvalho. Já em 24 de dezembro, um trabalhador foi atacado por um cachorro na Rua Ary Liévore, sofrendo um ferimento na coxa direita.
A Concessionária afirmou que realiza treinamentos e fornece equipamentos de proteção individual para minimizar os riscos, mas enfatiza a necessidade da colaboração dos munícipes. A empresa solicita que os moradores acondicionem corretamente objetos cortantes e perfurocortantes, contenham animais de estimação e usem lixeiras adequadas para garantir a segurança dos garis durante a coleta.
O contrato de concessão nº 189/2008 estabelece deveres dos usuários, incluindo o acondicionamento seguro de resíduos e a contenção de animais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é solicitada a orientar os munícipes sobre essas responsabilidades para prevenir acidentes futuros.