Sexta-feira, 14 de Março de 2025

CPI ouve gerente de investimentos da Sanepar nesta quinta

2025-03-13 às 18:08
Foto: Divulgação/CMPG

A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) que investiga a Companhia Paranaense de Abastecimento (Sanepar) pela falta de água em Ponta Grossa, ouviu, nesta quinta-feira (13), o gerente de investimentos da empresa, Joel Pires, responsável pelas licitações e desenvolvimento de projetos. A oitiva que teve início às 14h, contou com a presença dos vereadores Guilherme Mazer (PT), presidente da CPI, Joce Canto (PP), Léo Farmacêutico (União Brasil) e Leandro Bianco (Republicanos).

Com relação à obra da adutora do Rio Pitangui e da ampliação da estação de tratamento de água, o gerente foi questionado se teria conhecimento da necessidade da obra. “Tenho conhecimento de todo o processo que envolve esta obra, que foi solicitada ao setor de engenharia em julho de 2019. Em dezembro do mesmo ano, realizamos o levantamento topográfico, desde a captação do Pitangui, até a estação de tratamento, que fica no Jardim Carvalho. Em agosto de 2020 realizamos o projeto base e, em maio de 2021, a obra foi licitada”, contou o gerente da Sanepar.

Na sequência, ao ser perguntado se caso a obra tivesse sido executada anteriormente, a cidade ainda estaria enfrentando problemas com a falta de água, Joel afirmou que não estaria. “Não estaria faltando água. A obra entraria em funcionamento em abril de 2022 e o nosso IDP, referente ao índice de produção, estaria em 89%, ou seja, estaríamos demandando 89% da produção, hoje esse índice é de 97%”, explicou.

Sobre o prazo de entrega da obra, Joel explicou que o atraso se deve pela complexidade que envolve o projeto e por intercorrências durante as escavações, que resultaram na prorrogação do contrato por mais 15 meses. “Quando fomos cruzar a rotatória da UTFPR, nos informaram que a região era municipalizada, não de competência do DER. Mas na ocasião, o DER entrou com embargo suspendendo o contrato por mais 8 meses, ou seja, foram 23 meses de atraso das obras”, disse.

“Como o prazo ficou pequeno, precisamos refazer a licitação, que também passou por problemas, tivemos licitações fracassadas e desertas. A nova licitação tem como prazo 16 de agosto de 2025, mas estamos fazendo uma força-tarefa, modificando algumas coisas do projeto para entregar a obra até o final de março, se ocorrer tudo certo, ou seja, 5 meses antes do prazo previsto em contrato”, concluiu o gerente.

Ao ser perguntado sobre a realização de estudos para resolução definitiva da falta de água, por parte da Sanepar, Joel explicou que estudos são realizados de forma plurianual pela área de engenharia. “Verificamos o crescimento da cidade e a necessidade da realização de obras, seguindo curvas de tendência e as áreas que são prioridade. Os estudos previam a possibilidade da falta de água em 2026, mas com as mudanças climáticas, que têm resultado no aumento do consumo, o problema foi antecipado”, destacou.

Outras convocações

Nas primeiras oitivas da CPI da Sanepar, a Comissão convocou a comparecer na Casa de Leis, o ex-secretário de Meio Ambiente, Sandro Bandeira, e a atual secretária da pasta, Carla Kritski.

As oitivas são transmitidas ao vivo, através do perfil do Legislativo no Facebook ou pelo site oficial da instituição.

da CMPG