Um caso chocante de abuso sexual contra uma criança de três anos em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Cascavel culminou na condenação de um ex-professor a 30 anos de prisão. A sentença foi proferida pelo 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Vara de Crimes Contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Cascavel, após o processo tramitar no judiciário local.
O Ministério Público do Estado do Paraná denunciou o réu por cometer abusos sexuais durante o horário de descanso das crianças no CMEI. A vítima relatou os abusos à mãe, descrevendo o agressor como um “professor monstro”. Em depoimentos especializados, a criança detalhou os atos, o que foi fundamental para a condenação.
A denúncia detalha que o réu praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal, incluindo sexo oral e anal, e fez a criança praticar sexo oral nele. A investigação incluiu análises de registros em áudio, depoimentos de testemunhas e laudos psicológicos que apontaram danos emocionais graves à vítima, como crises de ansiedade e medo de homens.
Segundo a CGN News, a mãe da vítima relatou mudanças bruscas no comportamento do filho, incluindo medo e crises de ansiedade, cerca de um ano após os abusos. Em uma conversa casual, o menino apontou o agressor em uma foto e descreveu os abusos. Outra mãe também relatou que seu filho mencionou um episódio semelhante, embora ele tenha se recusado a falar mais sobre o assunto.
A juíza Nícia Kirchkein Cardoso destacou que o depoimento da vítima foi crucial, pois crimes dessa natureza frequentemente ocorrem sem testemunhas ou vestígios físicos. A defesa alegou falta de provas, mas o Judiciário considerou que havia elementos suficientes para a condenação.
O réu foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado, com a pena agravada devido à vulnerabilidade da vítima, à relação de autoridade e à continuidade dos crimes. Além disso, ele foi condenado a pagar R$ 1.000,00 por danos morais. Embora condenado, o réu pode recorrer em liberdade, pois não há indícios de que possa fugir ou representar um risco iminente à ordem pública.