Os alunos do Laboratório de Aprendizagem Criativa das escolas Frei Elias Zulian e Professora Guitil Federmann estão tendo uma experiência de Páscoa que vai muito além do simples consumo de chocolates. Em um trabalho de parceria entre professores de robótica dessas escolas, as crianças estão estudando todo o ciclo de produção, incluindo a história, cultura e industrialização do cacau, base do chocolate.

Utilizando esse fio narrativo, os alunos trabalham a cultura maker, a computação, programação LED e também produzem maquetes, protótipos e elementos narrativos, dentro de um conceito de sala de aula invertida, estimulando o protagonismo do aluno na criação de seu conhecimento. Tudo a partir do fruto do cacaueiro que, depois de um longo processo, chega embalado às prateleiras do supermercado (com muito mais açúcar do que deveria).

Lorena de Deus dos Anjos, professora do LAC na Escola Frei Elias Zulian, conta que o trabalho de desvendar a origem do chocolate envolveu todas as turmas. “Trabalhamos desde o surgimento do cacau, seu ciclo de produção, chegando à fábrica e incluindo uma parte prática, que foi a produção do brigadeiro que qualquer criança pode fazer”, conta ela. “Os alunos gostam dessa parte criativa, eles se sentem à vontade e querem criar. O formato de aulas que temos no Laboratório de Aprendizagem Criativa propicia essa interação”, complementa a professora.

Bobson dos Anjos, professor do LAC na Escola Professora Guitil Federmann, conta que, de início, não revelaram às turmas que o tema seria a Páscoa, para que os alunos chegassem juntos a essa conclusão. “Isso acabou acontecendo de maneira orgânica”, observou o professor. “Eles entenderam todo o processo, a cadeia de suprimentos do chocolate, apresentando uma grande evolução”, comenta Bobson, que utilizou os conceitos de robótica trabalhados no LAC. “Oferecemos os desafios para que eles pensassem em soluções, utilizando os materiais que tínhamos disponíveis, em um trabalho conjunto”, destaca.

Isabela Antunes Barbosa, do 5º ano, foi uma das participantes do projeto na Escola Frei Elias Zulian. “Gostei muito de aprender sobre a história do cacau, que é muito importante para nós e para o Brasil. Precisamos sempre prestar muita atenção nas aulas do LAC, porque daqui pode sair até o dono de uma fábrica, e eu sou muito grata por ter essa aula aqui na escola”, diz a estudante. “No LAC tem muita criatividade, e é um momento muito bom para a nossa vida. Estou aprendendo e vivendo a infância do melhor jeito, que é na escola”, afirma Isabela.

da assessoria