A Diocese de Ponta Grossa foi surpreendida hoje com a páscoa definitiva do diácono Renato Marochi, ocorrida às 7 horas desta quinta-feira (17), em Irati. O diácono estava internado na Santa Casa de Misericórdia desde ontem, às 12 horas, e faleceu em decorrência de um câncer. O velório aconteceu na Capela Santa Rita, com a celebração das exéquias, às 16 horas e sepultamento, no Cemitério Municipal, às 17 horas. O bispo Dom Bruno lamentou a morte na Missa do Crisma, hoje pela manhã, na Catedral, dizendo estar rezando por ele. “Que Deus o acolha na eternidade e dê conforto à família”, rogou Dom Bruno.
O diácono Renato Marochi exercia seu ministério na Paróquia São Miguel, de Irati. Ele nasceu no dia 18 de fevereiro de 1953 e foi ordenado diácono em 26 de maio de 2013. Era casado com Carolina Iantas Marochi. Deixa cinco filhos. Foi um diácono formador na Diocese de Ponta Grossa, professor da Escola Diaconal Santo Estevão.
“É um dia de muito pesar. Renato Marochi dispensa qualquer tipo de comentário por ter sido um homem que marcou não só a cidade, mas a região e até outros estados pela sua competência e trabalho. Orador de primeira categoria, professor de oratória, ministrou vários cursos nessa área, na área da boa comunicação, do falar bem e ser entendido, dessa grande arte que é se comunicar de forma correta e assertiva”, destacava o coordenador da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes, diácono Agostinho Basso, que serve na Paróquia São João Batista, também de Irati.
“Mas, hoje venho falar do diácono, do pai de família, marido, avô, irmão, homem de Deus. Ele foi um missionário. Várias vezes saiu além fronteiras para levar o Evangelho à Amazônia e a tantos lugares. Dedicado como vicentino. Gostava muito das obras e da missão de São Vicente de Paulo, se identificava como grande seguidor e assim foi sua vida. Tive a graça de estudarmos juntos durante cinco anos na Escola (Diaconal) Santo Estevão e formos ordenados juntos, em 26 de maio de 2013, por Dom Sergio (Arthur Braschi, bispo emérito). Ele escolheu como lema ‘Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espirito’, tendo como base Santo Estevão. Sempre foi exemplo, uma espécie de paizão dos diáconos dos Setor 6 e 7. Professor de Teologia para leigos, que fundou a escola para leitos da Paróquia São Miguel, há mais de 20 anos. Foi o idealizador e professor até ficar doente. Na Escola Diaconal também foi professor. Homem de muita fé, alegria, um contador de histórias. Quem o conheceu sabe: onde ele estava, estavam todos sorrindo com suas piadas”, enaltecia diácono Agostinho.
“Perco um colega diácono, um irmão que fará muita falta. Irati e a Igreja ficam um pouco mais pobres hoje, com a sua páscoa definitiva. Cremos na ressurreição e para aqueles que creem a morte não é nada porque ela foi vencida pelo Senhor da Vida. A morte é apenas uma passagem. Renato está com Deus, glorificando a Deus em verdade no céu e vai ouvir de Jesus o que ouvimos na ordenação diaconal: se trabalharmos bem, formos diáconos segundo o coração de Jesus, ‘servo bom e fiel, seja bem vindo para o banquete do seu Senhor’. Além de lágrimas, hoje é dia de rendemos graças a Deus e louvores pela vida e por tudo o que fez nosso irmão. Com certeza combateu o bom combate, terminou a batalha e guardou a fé. Só resta agora receber a coroa da justiça. É nisso que cremos. Vai com Deus meu amigo! Um dia nos veremos na eternidade”, ressaltou o diácono.
da assessoria