Quinta-feira, 24 de Abril de 2025

Governo monta força-tarefa para capturar onça que matou caseiro no Pantanal

2025-04-23 às 18:47

As autoridades do Mato Grosso do Sul intensificaram nesta quarta-feira (23) as buscas pela onça-pintada responsável pela morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, em uma propriedade rural de Aquidauana, região do Pantanal. O ataque ocorreu na madrugada de segunda-feira (21), próximo ao pesqueiro Touro Morto, às margens do rio Miranda.

Desde então, equipes da Polícia Militar Ambiental, especialistas em manejo de felinos e guias locais atuam para localizar e capturar o animal, que deverá ser encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.

Como está a operação

A força-tarefa é composta por policiais ambientais, um pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) especializado em onças-pintadas, além de guias experientes da região. O objetivo, segundo o governo estadual, é capturar a onça com vida para levá-la ao Cras, onde receberá avaliação veterinária e os “devidos encaminhamentos”.

A operação enfrenta desafios logísticos devido à cheia dos rios Miranda e Aquidauana, que dificulta o acesso à área de mata densa onde o ataque ocorreu. Além disso, há relatos de outros felinos da mesma espécie circulando na região, o que exige análises biológicas para identificar corretamente o animal responsável pelo ataque.

O que pode acontecer com a onça

Após a captura, a onça será transportada para o centro de reabilitação da capital, onde passará por avaliação de especialistas. Até o momento, as autoridades não detalharam quais serão as medidas adotadas após essa etapa. O procedimento padrão nesses casos envolve exames de saúde, análise comportamental e, eventualmente, a destinação do animal para recintos apropriados, evitando riscos à população e ao próprio felino.

Contexto e repercussão

O ataque, considerado raro por ambientalistas, gerou preocupação entre moradores e pescadores da região, onde a presença de onças-pintadas é comum devido à abundância de fauna e à proximidade com áreas turísticas. Especialistas alertam que fatores como escassez de alimento, comportamento defensivo ou período reprodutivo podem ter motivado a ação do animal.