Domingo, 27 de Abril de 2025

Secretário de Saúde alerta sobre dengue e gripe no Paraná e pede adesão à vacinação

Secretário de Saúde Beto Preto fala sobre dengue, vacinação e investimentos no Paraná
2025-04-25 às 13:33
Edu Vaz/D’Ponta News

Em entrevista nesta sexta-feira (25), o Secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, participou do programa Manhã Total da Rádio Lagoa Dourada (94.9 FM), onde destacou as ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no combate à dengue, à gripe e os investimentos realizados em unidades e equipamentos de saúde em todo o Paraná.

Durante a conversa, o secretário enfatizou a importância da regionalização dos serviços de saúde e das parcerias com universidades e municípios. Ao comentar sobre a nova clínica de psicologia da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), em Irati, ele afirmou. “Desde o plano de governo do Ratinho Junior a gente já tem a prioridade de regionalizar a saúde. Levar investimentos para todo o estado e diminuir o trânsito”, declarou.

Apesar do avanço, Beto reconhece que ainda há necessidade de deslocamento para alguns tratamentos. “Contudo, o trânsito de pacientes não acaba. Tem procedimentos de maior
complexidade que são feitos apenas em determinados locais”, pontuou.

Ele destacou a importância das parcerias. “A parceria que fazemos com as universidades e com os municípios gera mais conforto, dignidade e carinho para as pessoas”.

Além disso, ele comentou sobre outras entregas recentes. “Entregamos na quinta-feira um ambulatório especializado para o curso de medicina e ciências de saúde da Unicentro de Guarapuava”, disse. “Estamos fazendo entrega de equipamentos públicos de saúde em todo o estado ou até mesmo lançamentos”, completou.

Vacinação contra gripe
Beto Preto também falou sobre a campanha de vacinação contra a gripe e apresentou números atualizados. “A campanha deste ano está melhor do que a do ano passado. Ela já atingiu 332 mil doses aplicadas e ainda esses dados serão atualizados nos próximos dias”, comentou. “Com a atualização do sistema de vacinação, devemos ter de doses aplicadas algo em torno de 600 mil doses”, completou.

Apesar do desempenho inicial, o secretário alertou para a necessidade de alcançar a meta. “Mesmo que a campanha esteja boa, ela ainda está tímida. A meta é vacinar ao menos 90% das pessoas dos grupos prioritários. Para chegar no final da vacinação com mais de 4 milhões de doses aplicadas e isso não tem ocorrido nos últimos anos”, ressaltou.

Ele fez um apelo às famílias com idosos. “Quero pedir ajuda a vocês, caso tenha um idoso na sua família com dificuldade de se locomover, coloque ele no carro e leve até um posto para a vacinação. São 1.850 salas de vacinas no Paraná, com profissionais experientes”, disse.

Situação da dengue
Ao abordar a epidemia de dengue, Beto afirmou que o momento do ano não deveria apresentar tantos casos. “Abril para maio não era para ter muitos casos de dengue sendo notificados, e nós estamos com uma incidência razoável”, observou.

Segundo ele, as ações realizadas neste ano tem ajudado a reduzir os números em comparação com anos anteriores, mas ainda há motivos para preocupação.
“O cenário é menos pior que 2023 e 2024. Mesmo assim, continuamos com muitas pessoas adoecidas por dengue, principalmente nas regiões mais quentes do Paraná. Contudo, invadindo também a região centro-sul, leste, Campos Gerais e capital, e isso nos preocupa”, alertou.

Ele explicou que o estado conta com um sistema de vigilância para monitorar a circulação do vírus. “Temos uma rede sentinela no Paraná que consiste na coleta de exames de forma aleatória, todas as semanas, no estado inteiro. Com isso, sabemos a movimentação do vírus no estado”, detalhou.

Aumento de vírus respiratórios no estado
Além da dengue, outro ponto de atenção é o crescimento de casos de infecções respiratórias. “O aumento de vírus respiratórios foi grande, quase 50% dos vírus circulantes têm relação com os vírus respiratórios”, disse o secretário.

O dado que mais chamou atenção foi sobre o vírus sincicial respiratório, que afeta principalmente crianças pequenas. “O que chama a nossa atenção é que em janeiro nós tínhamos 1.3% de presença do Vírus sincicial respiratório, que causa muita bronquiolite e gripe nas crianças pequenas. Com as novas amostragens, esse índice está batendo os 16%”, informou.

Ele voltou a reforçar a importância da vacinação como forma de proteção. “Nós precisamos das pessoas vacinadas agora para chegar no inverno, e pelo menos excluir algumas doenças do quadro que pode piorar. Quem puder levar as pessoas com mais de 60 anos para tomar a dose da vacina, é importante”, destacou. “É importante também que a gestante tome a vacina, assim como as mulheres que deram à luz em até 45 dias tomem a vacina”, acrescentou. “Todos os profissionais da saúde devem se vacinar como também as crianças de 6 meses a 6 anos”, concluiu o secretário.

Acompanhe a entrevista na íntegra: