Com o funeral do papa Francisco e a proximidade do novo conclave, cresce a expectativa sobre quem será o próximo líder da Igreja Católica. Especialistas e veículos internacionais apontam uma lista de cardeais considerados favoritos, que representam diferentes correntes de pensamento e regiões do mundo. O colégio de cardeais conta atualmente com 133 eleitores, responsáveis pela escolha do novo pontífice.
Entre os nomes mais citados nas apostas e análises estão:
Conhecido por seu pensamento ortodoxo e conservador, Sarah é visto como o principal representante da ala tradicionalista. Crítico das reformas de Francisco, é popular entre setores mais conservadores da Igreja e da sociedade, especialmente por sua oposição à imigração, à homossexualidade e à chamada “ideologia de gênero”.
Atual secretário de Estado do Vaticano, Parolin é considerado um diplomata experiente e defensor de uma linha de continuidade com o pontificado de Francisco, embora mantenha posições tradicionais em temas como a ordenação de mulheres e a bênção a casais do mesmo sexo. É apontado como o favorito para manter o equilíbrio entre tradição e abertura.
Ex-arcebispo de Manila e atual pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é visto como o “Francisco asiático” por seu perfil progressista, defesa da ecologia e abordagem acolhedora a fiéis LGBTQIA+. Apesar disso, mantém posição contrária ao aborto e à contracepção.
Arcebispo de Bolonha e chefe da Comissão Episcopal Italiana, Zuppi integra a ala progressista, defendendo reformas, acolhimento de pessoas LGBTQIA+ e diálogo inter-religioso. É um dos principais apoiadores das recentes aberturas promovidas por Francisco.
Arcebispo de Budapeste, Erdő representa a linha conservadora, com posições firmes contra comunhão de divorciados, bênçãos a casais do mesmo sexo e uso de anticoncepcionais. Tem perfil intelectual e experiência acadêmica internacional.
Arcebispo de Marselha, Aveline é reconhecido por sua atenção a temas migratórios e sociais, além de sua experiência pessoal como imigrante. Sua atuação é marcada pelo diálogo e pela busca de soluções para questões contemporâneas da Igreja.
Único cardeal do Sri Lanka, Ranjith é conservador em temas morais, mas compartilha com Francisco a preocupação com os pobres. Já se manifestou favorável à pena de morte em casos específicos e à preservação da liturgia tradicional.
Arcebispo de Estocolmo, Arborelius é visto como um modelo de diálogo e abertura, embora mantenha posições tradicionais em temas como celibato e ordenação de mulheres. Destaca-se por sua conversão ao catolicismo e atuação em um país de maioria luterana.
Patriarca de Jerusalém, Pizzaballa ganhou destaque internacional ao se oferecer como refém em troca de crianças israelenses sequestradas pelo Hamas. É visto como alguém com visão equilibrada e sensível aos desafios do Oriente Médio.
Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África, Besungu mistura posições liberais e conservadoras, defendendo democratização da Igreja e justiça social, mas rejeitando bênçãos a casais do mesmo sexo.
Arcebispo de Utrecht, Eijk é um dos nomes mais ortodoxos, com forte oposição a mudanças doutrinárias na Igreja, inclusive sobre temas de gênero e comunhão de divorciados.
Arcebispo de Yangon, Bo é respeitado por sua atuação em defesa da democracia e do meio ambiente, além de apoiar o acesso de divorciados à comunhão. Tem perfil conciliador e experiência em diferentes órgãos do Vaticano.