A assessoria de imprensa das Casas Bahia se manifestou publicamente que todas as demissões ocorridas na loja de Ponta Grossa foram realizadas por justa causa, segundo informações obtidas pela equipe do D’Ponta News. No entanto, até o momento, a empresa não detalhou publicamente quais motivos específicos levaram à aplicação dessa penalidade máxima nem apresentou provas ou documentos que sustentem a alegação.
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Ponta Grossa, que acompanha o caso, declarou que não foi informado oficialmente sobre a motivação das demissões e que os próprios trabalhadores dispensados também não relataram ter recebido justificativas claras ao serem desligados. Segundo o sindicato, os funcionários foram surpreendidos ao chegar para trabalhar, encontraram seguranças na loja e receberam o comunicado de dispensa, sem explicações detalhadas.
Até o momento, não há informações públicas sobre processos judiciais abertos pelos trabalhadores de Ponta Grossa, mas o sindicato já anunciou que está prestando assistência jurídica aos demitidos e cobrando esclarecimentos formais da empresa.
Juridicamente, a demissão por justa causa exige fundamentação clara e provas robustas de falta grave cometida pelo empregado, conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A aplicação indevida ou desproporcional dessa penalidade pode ser revertida na Justiça do Trabalho, como já ocorreu em outros casos envolvendo a própria Casas Bahia.
Recentemente, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo anulou uma dispensa por justa causa de uma funcionária da rede, por considerar que houve excesso de rigor e dupla punição pelo mesmo fato, determinando o pagamento das verbas rescisórias típicas de demissão sem justa causa.