Uma ligação anônima ao disque-denúncia foi fundamental para que autoridades de segurança pública interceptassem um plano de atentado terrorista no show da cantora Lady Gaga, realizado em Copacabana, Rio de Janeiro, no último sábado. O denunciante, um morador da cidade, relatou detalhes sobre a articulação de um grupo extremista na plataforma Discord, que planejava lançar explosivos e coquetéis molotov na plateia, com foco especial em crianças e no público LGBTQIA+.

Segundo a GZH, a denúncia, recebida no dia 28 de abril, motivou investigações que levaram à Operação Fake Monster, desencadeada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério da Justiça. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro estados e nove pessoas são investigadas, incluindo três gaúchos. Um homem foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma e um adolescente apreendido no Rio de Janeiro, acusado também de armazenar pornografia infantil.

O grupo, segundo a polícia, promovia discurso de ódio e recrutava menores para um “desafio coletivo” de ataque terrorista. Computadores, celulares, instruções para fabricação de explosivos e materiais de incitação à violência foram apreendidos. As autoridades mantiveram a operação sob sigilo para evitar pânico e garantir a segurança dos mais de 2,1 milhões de presentes. O show ocorreu sem incidentes e Lady Gaga só soube da ameaça após o evento, por meio da imprensa.