Quarta-feira, 07 de Maio de 2025

Viveiro da UEPG já produziu mais de 100 mil mudas em sete anos

2025-05-06 às 16:41

O projeto de extensão “Viveiro Florestal como Ferramenta na Pesquisa, Ensino e Extensão”, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) alcançou a produção de mais de 100 mil mudas, sendo pelo menos 50 mil arbóreas nativas e um volume similar de espécies aromáticas e medicinais. A iniciativa teve início no final de 2018, com a reestruturação de um espaço no Colégio Agrícola Augusto Ribas. O local foi transformado em um ambiente vinculado à UEPG e, desde então, vem auxiliando o município a ampliar suas áreas verdes.

Somente este ano, durante a sétima edição do Arboriza Ponta Grossa, foram distribuídas gratuitamente 25 mil mudas, sendo 10 mil arbóreas (ipê branco, ipê amarelo, grumixama, araçá, araucária, guabijú, Podocarpus, aroeira, entre outras) e 15 mil exemplares aromáticos e medicinais (melissa, hortelã, menta, stévia, manjericão, alecrim, camomila, curry, lavanda, arruda, tomilho, sálvia e ora-pro-nóbis). Também foram entregues algumas espécies ornamentais, como sálvia nativa, verbena, Pingo de Sangue e Brinco de Princesa.

União com a sociedade
O objetivo do programa é a integração entre ciência, educação e comunidade por meio da produção de mudas nativas, capacitação técnica, educação ambiental e desenvolvimento de tecnologias. Busca também fortalecer o papel social da universidade pública e contribuir com a conservação e restauração dos ecossistemas da região dos Campos Gerais. “O projeto representa uma ferramenta concreta de transformação social e ambiental. Ele aproxima o conhecimento científico da população, promove práticas sustentáveis, estimula a educação ambiental e contribui diretamente com a conservação da biodiversidade regional”, explica a coordenadora da iniciativa, professora Rosimeri de Oliveira Fragoso.

O projeto está vinculado a disciplinas como Silvicultura e Arborização Urbana na Agronomia, e Morfoanatomia Vegetal, Fisiologia Vegetal, Anatofisiologia Vegetal e Educação Ambiental em Ciências Biológicas, além do Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva.

O financiamento é majoritariamente próprio, obtido pela produção de mudas, prestação de serviços e transferência de tecnologias, com apoio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Agrícola, doações de empresas e recursos de iniciativas públicas, como os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) da Fundação Araucária e uma emenda da Câmara Municipal de Ponta Grossa. A Itaipu Binacional também colabora via “Projetos para o Programa de Extensão para sustentabilidade territorial”. Nos últimos cinco anos, estima-se um investimento superior a R$ 500 mil, somando recursos privados e públicos.

Trabalho permanente
A execução das ações ocorre durante todo o ano, organizada em sete metas. Estas incluem a produção de mudas nativas para doação, visitas guiadas para escolas, implantação de pomares de frutíferas nativas em escolas com apoio do app BioEduca, o evento “Arboriza Ponta Grossa”, valorização de catadores de recicláveis, transferência de tecnologias com cursos e assessoria e revitalização arbórea de áreas públicas.

Entre os resultados já alcançados, além da expressiva produção das mudas, incluem-se contribuições para processos de restauração ecológica, implantação de pomares escolares, revitalização de espaços urbanos e formação técnica de estudantes e produtores. Para a comunidade, configura-se como um importante instrumento de transformação social e ambiental, ao aproximar o conhecimento científico da população e promover práticas sustentáveis.

A equipe é formada por docentes e mais de 20 estudantes extensionistas dos cursos de Agronomia, Ciências Biológicas e Artes Visuais, da graduação e pós-graduação. Entre os professores coordenadores estão Carlos André Stuepp, Rosimeri de Oliveira Fragoso, Jesiane Stefania da Silva Batista, Arthur Calheiros Amador, Marta Regina Barrotto do Carmo e Luciano José Senger.