O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou, em entrevista exclusiva ao D’Ponta News, o lançamento do Programa Caminho Verde, que destina R$ 12 bilhões para financiar a recuperação de áreas degradadas no país. “O presidente Lula me pediu: ‘Eu não quero desmatamento. Quero que o Brasil cresça produzindo alimentos, mas sem desmatar’”, afirmou o ministro. Segundo ele, o programa oferece crédito facilitado e juros reduzidos para produtores que assumirem compromissos ambientais e sociais. “Se eu pegar esse recurso para recuperar uma área degradada, faço um compromisso de não desmatar por dez anos”, explicou.
Fávaro ressaltou que a iniciativa vai além da preservação ambiental. “O Caminho Verde não se trata só de meio ambiente. Tem um aspecto social também. Por exemplo, vou contratar dentro do meu quadro de funcionários 15% de mulheres”, disse, destacando a inclusão social como parte central do programa.
Sobre a abertura de mercados internacionais, o ministro celebrou os avanços recentes: “Começamos o ano de 2025 com 300 novos mercados abertos. Hoje estamos em 351. Não estamos vendendo só soja, milho, carne bovina, suína e de aves. Abrimos mercado para sorgo na China, DDG, pescados. Apostem, produtores brasileiros, pode começar a cultivar sorgo, porque vai reagir o mercado no Brasil.”
Ele também comentou o reconhecimento internacional do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação, previsto para junho. “Depois de 64 anos, intensificamos muito nesses últimos dois anos, parceria com os governadores. O Paraná foi modelo nisso. Agora, o presidente Lula vai receber o certificado de Brasil todo livre de febre aftosa sem vacinação. Isso faz com que a gente cumpra as oportunidades comerciais”, afirmou.
Fávaro destacou ainda a modernização do Ministério da Agricultura. “Hoje os certificados são todos eletrônicos. Já são mais de 110 mil certificados emitidos eletronicamente e sem taxa para o empresário. Agora lançamos o SIF digital, que vai agilizar ainda mais o mercado”, concluiu.