Quinta-feira, 08 de Maio de 2025

Em Itajaí, criança espera por mais de 10 horas para aplicar gesso em pé fraturado

2025-05-08 às 09:28
Foto: Reprodução

Um morador de Itajaí denunciou, por meio de uma carta enviada ao portal Diarinho, a demora e a falta de clareza no atendimento médico prestado à sua filha de 8 anos, que apresentava suspeita de fratura no pé. O caso envolveu diferentes unidades de saúde do município.

Segundo o relato, o pai levou a criança ao Centro Integrado de Saúde (CIS) por volta das 11h da manhã. No entanto, o exame de raio-X só foi realizado cerca de seis horas depois, por volta das 17h. Ele afirma que a médica responsável não conseguiu confirmar se havia fratura, e, por volta das 20h, ambos foram transferidos por ambulância para o Hospital Pequeno Anjo.

Na ambulância, além do pai e da filha, havia outros três pacientes, que seguiram para o Hospital Marieta. Já no Pequeno Anjo, a criança recebeu atendimento médico, mas foi orientado a retornar no dia seguinte para imobilização, uma vez que o profissional responsável por colocar gesso não estaria disponível fora do horário das 8h às 18h.

Ao retornar na manhã seguinte, o pai relatou que a guia entregue pelo médico na madrugada “não servia para nada” e que precisou repetir todo o processo de triagem e consulta para que a imobilização fosse finalmente realizada. Ele também destacou que a filha passou o dia inteiro sem alimentação adequada e sentada em um banco, aguardando atendimento.

“A negligência e a demora no atendimento são inaceitáveis, especialmente com uma criança”, escreveu.

Leia abaixo o relato completo publicado pelo Diarinho:

“Levei minha filha de 8 anos ao CIS de Itajaí com suspeita de fratura no pé. Chegamos às 11h da manhã, e o raio-X só foi feito às 17h. A médica que nos atendeu não soube identificar se o pé estava realmente quebrado. Por volta das 20h, fomos transferidos de ambulância para o Hospital Pequeno Anjo, onde saímos por volta das 3h da madrugada. Na ambulância, havia cinco pessoas, e minha filha e eu ficamos no Pequeno Anjo. Os outros pacientes seguiram para o Hospital Marieta.

Durante a madrugada, o médico do Pequeno Anjo nos deu um papel, orientando a retornar no dia seguinte, pois o servidor responsável por colocar gesso só atende das 8h às 18h. No dia seguinte, ao retornar, fui informado de que o papel não servia para nada. Tivemos que passar novamente pela triagem, por nova consulta médica, e só então foi colocada a tala gessada no pé da minha filha.

Ressalto que minha filha passou o dia inteiro sem se alimentar, sentada num banco. Tenho fotos do raio-X e dos laudos. A negligência e a demora no atendimento são inaceitáveis, especialmente com uma criança.”

Ass: Márcio Garcia Winck