Prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) participaram, nesta quinta-feira (8), de uma audiência pública sobre o autismo, realizada na sede da OAB de Ponta Grossa. O evento, conduzido pelo deputado estadual Marcelo Rangel, teve como objetivo promover a escuta ativa da comunidade e discutir estratégias para a construção de políticas públicas mais inclusivas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A presidente da AMCG e prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski, destacou o compromisso da entidade com pautas ligadas à inclusão e à saúde pública. “Políticas públicas só são verdadeiramente eficazes quando ouvem quem vive a realidade todos os dias. A participação da comunidade, das famílias e dos profissionais que atuam com o autismo é essencial para construirmos ações mais humanas e inclusivas. Este é um tema que nos sensibiliza muito. É importante que os municípios fortaleçam as redes de apoio, respeitando e incluindo todas as pessoas com TEA”, afirmou Dayane.
Também marcaram presença o prefeito de Castro, Dr. Reinaldo Cardoso; a prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso; e o prefeito de Ipiranga, Douglas Modesto. Durante a audiência, foram abordadas as múltiplas formas de manifestação do autismo e estratégias de apoio, como a necessidade de fortalecer redes de atendimento e investir na capacitação de profissionais.
A prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso, ressaltou: “Tenho uma grande preocupação, não só com as crianças, mas também com aqueles que atuam diretamente com esse público. O profissional capacitado tem a possibilidade de fazer um pré-diagnóstico e um encaminhamento correto. Os órgãos públicos, as empresas, as escolas e os CMEIs precisam estar preparados para realizar essa inclusão. Isso exige investimento, que precisa se estender a mais municípios”, reforçou.
O prefeito de Ipiranga, Douglas Modesto, também destacou a importância da audiência pública: “O autismo é, atualmente, uma questão pública, que não fica mais restrita às famílias. É uma pauta que se tornou responsabilidade de toda a sociedade, seja na saúde, na assistência social ou na educação. É preciso destinar cada vez mais recursos para oferecer um acompanhamento prioritário às crianças e jovens. Nosso papel, enquanto representantes, é buscar alternativas para garantir esse suporte”, afirmou.
Já o prefeito de Castro, Dr. Reinaldo Cardoso, alertou: “Na nossa cidade, a média de crianças diagnosticadas com TEA nas escolas praticamente dobrou em relação ao ano anterior. É fundamental que comecemos a criar, no serviço público, as condições adequadas para o acompanhamento desses transtornos, para que essas crianças – e também os adultos – possam ter uma vida digna. Em Castro, já estamos atuando nesse sentido”, destacou.