O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste domingo (11), durante entrevista a jornalistas em São Paulo, que as fraudes relacionadas a descontos associativos não autorizados em benefícios do INSS não tiveram origem na atual gestão federal, mas que serão encerradas sob sua condução.

“Não começou agora [os descontos a aposentados e pensionistas], começou lá atrás, mas vai terminar agora. Os descontos já foram totalmente suspensos, não tem mais nenhum”, declarou Alckmin durante o evento.

A declaração reforça o posicionamento adotado pelo governo federal, que vem destacando que o problema teve início em administrações anteriores. Alckmin também afirmou que as instituições governamentais agiram para identificar e conter as irregularidades.

Durante a entrevista, o presidente em exercício reiterou medidas anunciadas pelo governo, incluindo a devolução de “R$ 292 milhões entre maio e junho”, montante referente a cobranças realizadas em abril, mesmo após o bloqueio dos descontos. Segundo ele, os valores serão restituídos aos beneficiários prejudicados.

Alckmin, de acordo com a CNN Brasil, também mencionou a atuação da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicitou o bloqueio de “R$ 2,5 bilhões de associações e empresas envolvidas na investigação” para garantir os ressarcimentos.

As fraudes foram reveladas no último dia 23, durante uma operação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF). A investigação resultou na troca de comando no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e no Ministério da Previdência Social, bem como no afastamento de servidores públicos envolvidos.