Um grave incidente envolvendo um caminhão de coleta de lixo da Ponta Grossa Ambiental (PGA) resultou na morte de uma cadela chamada Ágata, no bairro Vila Tânia Mara, em Ponta Grossa, na manhã da última sexta-feira (9). O caso ganhou grande repercussão após imagens de câmeras de segurança mostrarem o atropelamento do animal e o descarte do corpo no triturador do caminhão.
Segundo relatos da tutora, Ágata escapou de casa junto com outros cães e acabou sendo atingida pelo caminhão. As imagens mostram que, logo após o atropelamento, um funcionário da PGA arremessou o corpo da cadela no triturador. A família afirma que só descobriu o ocorrido ao notar vestígios do animal na rua e conferir as câmeras de segurança.
Após a divulgação do caso, funcionários da PGA relataram ter se tornado alvo de ameaças e discursos de ódio nas redes sociais. A empresa repudiou tais práticas e informou que apresentará boletim de ocorrência, fornecendo às autoridades os perfis identificados.
A PGA divulgou nota oficial lamentando profundamente o episódio e manifestando solidariedade à tutora e à comunidade. A empresa informou que instaurou um processo administrativo interno, em conjunto com o sindicato da categoria, e decidiu pela suspensão disciplinar dos dois colaboradores envolvidos. Ambos foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações e eventual aplicação de outras medidas cabíveis.
O procedimento correto, segundo a PGA, seria interromper a coleta e acionar imediatamente o fiscal de operação, o que não foi cumprido na ocasião. A empresa reforçou que irá intensificar treinamentos e implementar programas de conscientização para evitar que situações semelhantes se repitam, além de buscar parcerias com ONGs de proteção animal.
A Prefeitura de Ponta Grossa lamentou o ocorrido, afirmou que cobrará providências da concessionária e abriu boletim de ocorrência. O caso também será alvo de ação judicial por maus-tratos e crueldade animal, conforme informou a advogada da família, Isabella Godoy Danesi.
“A Ponta Grossa Ambiental (PGA) lamenta profundamente o acidente ocorrido em 9 de maio e manifesta total solidariedade à tutora do animal e à comunidade de Ponta Grossa. Após a instauração do inquérito policial, a PGA colocou-se à disposição das autoridades competentes, fornecendo inclusive as imagens captadas pelas câmeras do caminhão, e acompanhou formalmente os colaboradores para prestar os esclarecimentos necessários.
Diante disso, a PGA iniciou um processo administrativo interno, conduzido em conjunto com o sindicato da categoria (SIEMACO), analisando os fatores envolvidos. Pautados pelos princípios de gestão de pessoas, decidimos aplicar a penalidade de suspensão disciplinar a ambos os colaboradores. Reafirmamos nossa confiança no Poder Judiciário, que é responsável por julgar as responsabilidades em relação a eventuais crimes e aplicar as penas previstas em lei.
O foco da PGA sempre foi e será o resgate, a orientação e a instrução de seus profissionais por meio de treinamentos contínuos e diretrizes claras, garantindo que todos ajam corretamente, mesmo em situações atípicas. Para prevenir ocorrências semelhantes, reforçamos nosso compromisso através da implementação de programas de conscientização dedicados ao acolhimento e proteção de animais, em parceria com ONGs de Proteção às Causas Animais.
Por fim, gostaríamos de registrar que a empresa tem sido alvo de ameaças e discursos de ódio contra todos os seus colaboradores nas redes sociais. A PGA repudia veementemente tais práticas e apresentará boletim de ocorrência, fornecendo às autoridades os perfis identificados.”
