O Governo do Paraná confirmou oficialmente que bebês reborn – bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos – não têm direito a atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e demais unidades de saúde do estado. A decisão, que já era esperada por muitos, foi comunicada em tom leve pelas redes sociais do governo e de prefeituras, reforçando que os serviços de saúde são exclusivos para pessoas reais, com batimentos cardíacos e CPF válido.
A orientação foi publicada após casos de pessoas tentarem buscar atendimento médico ou benefícios preferenciais, como assentos em transporte público, usando os bonecos. A Prefeitura de Curitiba também esclareceu que os assentos preferenciais são reservados apenas para idosos, gestantes, pessoas com deficiência, obesidade, crianças de colo reais e pessoas do espectro autista, não incluindo bonecas reborn.
O tema ganhou destaque nacional e motivou a apresentação de diversos projetos de lei em âmbito estadual e federal. As propostas visam proibir o atendimento de bonecos em hospitais públicos e privados, além de prever multas para quem tentar obter benefícios indevidos, como prioridade em filas ou descontos, usando bebês reborn.
Em Minas Gerais, por exemplo, o projeto de lei 3.757/2025 estabelece multa de até dez vezes o valor do serviço para quem descumprir a regra, revertendo o valor para o tratamento de pessoas com transtornos mentais. Apesar da proibição do atendimento médico, há iniciativas legislativas para garantir acolhimento psicossocial a pessoas que desenvolvem vínculo afetivo intenso com as bonecas reborn, reconhecendo possíveis demandas de saúde mental sem equiparar o boneco a uma criança real.