Uma loja em Curitiba, conhecida como “Maternidade Bebê Reborn Curitiba”, tem chamado atenção ao oferecer uma experiência inusitada: a simulação de partos de bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos em detalhes impressionantes. O estabelecimento, localizado no bairro Juvevê, foi fundado pela artesã Aline Lima em 2020 e ganhou notoriedade nas redes sociais por proporcionar aos clientes não apenas a compra, mas também a vivência simbólica do nascimento dessas bonecas.
O processo não ocorre em uma clínica médica, mas sim em um ambiente cenográfico preparado para simular uma maternidade. Os clientes podem escolher entre modelos prontos ou personalizar as bonecas, definindo características como cor dos olhos, tipo de cabelo e expressões faciais. Após a confecção artesanal, que pode levar de 20 a 60 dias, o momento da entrega é transformado em um “parto simbólico”, com direito a berço, roupinhas e até certidão de nascimento fictícia.
A experiência inclui, em alguns casos, simulações de partos empelicados (quando o bebê nasce envolto na bolsa amniótica) e incubadoras, tornando o ambiente ainda mais realista. O objetivo é proporcionar uma vivência lúdica e afetiva, especialmente para crianças, colecionadores e até profissionais da saúde que utilizam as bonecas em treinamentos e simulações de emergências pediátricas.
A maternidade de bebês reborn em Curitiba viralizou recentemente após vídeos de “role play” (interpretação de papéis) circularem nas redes sociais, mostrando adultos cuidando das bonecas como se fossem filhos reais. Isso gerou uma onda de críticas e ataques virtuais, mas também levantou discussões sobre preconceito e desinformação em torno do tema. Especialistas defendem que o apego às bonecas não é necessariamente um problema, sendo comparável ao colecionismo de outros itens, como super-heróis.
A dona da loja, Aline Lima, relata que, apesar das críticas, o interesse e o volume de encomendas permanecem estáveis. Ela destaca o caráter artesanal e afetivo do trabalho, que já ajudou inclusive mães a materializarem lembranças de filhos prematuros ou homenagearem histórias pessoais marcantes.