O programa ‘Manhã Total’, da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM), recebeu nesta quinta-feira (22) o gerente geral do FamilySearch no Brasil, Adriano Almeida, que explicou como a plataforma tem revolucionado o acesso à história familiar em todo o mundo. “O FamilySearch começou em 1884 e é uma base de pesquisa para todas as pessoas”, afirmou. Segundo ele, o sistema digitaliza documentos em parceria com diversos países, permitindo que qualquer pessoa encontre registros históricos de sua família.
Criado e mantido pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o FamilySearch é uma organização internacional sem fins lucrativos, gratuita e aberta a todos, independentemente da religião. “Nós temos uma crença na igreja de que as famílias podem ser eternas. Acreditamos que vivemos mais do que a morte nos separa”, explicou Adriano. Ele destaca que esse valor espiritual motiva o trabalho da plataforma, mas o acesso está disponível a todos os públicos. “O único interesse é que as pessoas possam ter acesso de onde elas vieram e entender por que temos certos costumes e características”, detalha.
Funcionalidade
Durante a entrevista, Adriano explicou como funciona o sistema de conexão familiar. “Dentro do FamilySearch você é surpreendido porque ele já começa perguntando o nome dos seus pais e avós. Nisso que você começa a adicionar o nome das pessoas falecidas, aí é que começa a mágica”, afirmou. O sistema cruza as informações com dados de milhões de usuários ao redor do mundo. “Essa é a sacada, ou seja, todas as pessoas do mundo estão trabalhando juntas. Uma informação de um antepassado seu pode ter sido adicionada por uma outra pessoa, e não importa o local do mundo”, conta.
Além da versão online, o FamilySearch está disponível por meio do aplicativo ‘Árvore Familiar’, disponível na loja de aplicativos de aparelhos móveis. “Independente da plataforma, elas se sincronizam”, comentou o gerente. A plataforma também permite a inclusão de fotos, documentos e lembranças digitalizadas que ajudam a contar a história das famílias. “Você pode inserir imagens e documentos digitalizados. Lá você coloca tags descrevendo quem está na foto e no site, quando você vai no perfil, elas estão lá e já cruzam os dados.” – acesse aqui.
Privacidade respeitada e dados protegidos
Adriano destacou que o sistema respeita a Lei Geral de Proteção de Dados e só divulga informações de pessoas falecidas. “As pessoas que são vivas, os dados delas são protegidos no sistema. Mas os falecidos possuem uma abertura maior e isso te ajuda a se conectar com alguns ramos do antepassado que talvez outra pessoa já fez”, explicou. Ele também reforçou que quanto mais informações precisas são inseridas como nome, data e local, mais fácil é encontrar conexões. “Quanto mais precisa a informação, mais rápido você consegue conectar com uma linhagem que já está lá”, fala.
Mesmo que o usuário não saiba datas exatas, apenas ter uma ideia do ano ou local de nascimento ou casamento de um antepassado já é útil. “Esse campo de ano e cidade, a pessoa não precisa necessariamente saber a data precisa, mas já ajuda se ela souber o ano ou o mês”, orientou.
O FamilySearch realiza acordos com arquivos públicos e privados para digitalizar documentos históricos e preservá-los digitalmente. “O FamilySearch vai nos arquivos de todo o mundo, fazendo acordos para poder digitalizar todos esses documentos”.
Contato
Interessados em preservar arquivos históricos locais podem entrar em contato com a equipe do FamilySearch para firmar parcerias. “Quem tiver algum contato e quer facilitar um certo arquivo, se preservar da sua cidade, podem nos contatar para fazermos um acordo”, disse o gerente. O contato pode ser feito pelo e-mail [email protected] .
Brasil é destaque no uso da plataforma
Segundo Adriano, o Brasil ocupa hoje a segunda posição mundial no número de usuários da plataforma. “Temos em média 5 milhões de usuários ativos. Nesse ano estamos chegando a quase 2.5 milhões de usuários ativos”, destacou. O gerente lembrou ainda que o processo de cadastro é simples e rápido. “Pode até ser usada a sua conta Google ou até mesmo Facebook.”
Com milhões de documentos históricos disponíveis e colaboração contínua de usuários do mundo todo, o FamilySearch se consolida como uma ferramenta poderosa para quem quer conhecer suas origens. “Dar às pessoas o registro de sua história e da sua família sem nenhum interesse”, resume Adriano.
Veja a entrevista na íntegra: