Domingo, 20 de Julho de 2025

Jovem morre ao tentar cumprir desafio nas redes sociais

Ryan foi levado ao hospital, mas não resistiu ao trauma e faleceu no dia seguinte
2025-05-28 às 08:46

O jovem Ryan Satterthwaite, de 19 anos, faleceu após sofrer um grave ferimento na cabeça durante a participação em um desafio viral conhecido como Run It Straight, na cidade de Palmerston North, Nova Zelândia. O jogo, inspirado em movimentos de esportes como rúgbi e futebol americano, consiste em dois participantes que correm em direções opostas e colidem no centro de uma área delimitada, sem qualquer equipamento de proteção. Ryan foi levado ao hospital, mas não resistiu ao trauma e faleceu no dia seguinte.

Segundo o UOL, a morte do jovem evidência o perigo dos desafios que circulam nas redes sociais, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. O Run It Straight ganhou popularidade por meio de vídeos e competições organizadas, com premiações que chegam a milhares de dólares, incentivando a adesão de mais participantes, mesmo diante dos riscos.

Especialistas e autoridades alertam que práticas de contato físico intenso, como as reproduzidas nesses desafios, só devem ser realizadas em ambientes controlados, com supervisão e apoio médico. A ausência de proteção e orientação adequada transforma a busca por reconhecimento online em situações de alto risco, podendo resultar em lesões graves e até mortes.

O fenômeno dos desafios perigosos não é isolado. Segundo levantamento do Instituto DimiCuida, pelo menos 56 crianças e adolescentes faleceram no Brasil nos últimos dez anos em decorrência de desafios virtuais, número que pode ser ainda maior devido à subnotificação. Estatísticas internacionais apontam que cerca de 1 em cada 4 adolescentes já participou de desafios online virais, muitos deles perigosos, e 67% relataram ter visto pelo menos um desafio prejudicial nas redes sociais no último ano.

A pressão dos colegas, a busca por validação digital e a falta de supervisão parental são fatores que contribuem para a adesão a esses desafios. Plataformas como TikTok e Instagram têm removido conteúdos perigosos, mas a velocidade de disseminação dificulta o controle efetivo.