Sexta-feira, 06 de Junho de 2025

Bastidores da limpeza urbana em Ponta Grossa: conheça o trabalho da PGA

2025-06-02 às 15:13
Fotos: Divulgação/PGA

Na Semana do Meio Ambiente, refletir sobre o destino dos nossos resíduos é essencial. Você já parou para pensar na quantidade de lixo que uma cidade produz diariamente? Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024 mostram que, em 2023, cada brasileiro gerou, em média, pouco mais de 1kg de resíduos sólidos urbanos (RSU) por dia. Isso representa uma geração anual de aproximadamente 81 milhões de toneladas de resíduos no país, o equivalente a mais de 221 mil toneladas produzidas todos os dias. Esse cenário reflete, inclusive, uma tendência de crescimento da geração de resíduos associada ao aumento do poder de consumo da população brasileira, impulsionado pela queda do desemprego.

Quando olhamos para uma cidade do porte de Ponta Grossa, com mais de 360 mil habitantes, a geração local é de cerca de 300 toneladas por dia. Gerenciar todo esse volume, garantindo que os resíduos sejam coletados, transportados e destinados de forma ambientalmente correta, é um desafio constante, e é exatamente esse o papel da Ponta Grossa Ambiental (PGA), empresa responsável pela coleta de resíduos sólidos urbanos na cidade.

Coleta de resíduos: números que impressionam

A PGA, empresa do Grupo Philus, é responsável pela coleta de resíduos em mais de 95 mil pontos de geração, que são todos atendidos a cada dois dias. São diversos caminhões atuando diariamente, coletando cerca de 300 toneladas de resíduos por dia, o que representa uma média mensal de mais de 7.800 toneladas.

Além disso, os caminhões da PGA percorrem, juntos, milhares de quilômetros todos os meses para atender todos os bairros da cidade, seguindo uma frequência regular para que nenhum ponto fique sem atendimento.

Toda a frota utilizada é equipada com compactadores de resíduos que variam entre 15 e 19 metros cúbicos, além de contar com rastreamento via satélite e sistema online de monitoramento de câmeras. Isso permite que o serviço seja acompanhado em tempo real, garantindo mais eficiência e segurança tanto para os trabalhadores quanto para a população.

Após a coleta, todo o material é levado diretamente para um aterro sanitário licenciado, localizado no município de Teixeira Soares. Todo resíduo que entra no local é pesado. Dessa forma, a empresa mantém um controle rigoroso sobre a quantidade de resíduos coletados diariamente.

Coleta seletiva e pontos de entrega

A PGA também realiza a coleta dos resíduos recicláveis, tanto no sistema porta-a-porta, que abrange 22 grandes áreas do município, quanto por meio de mais de 150 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) dispostos por toda a cidade em locais estratégicos, como praças, mercados e outros pontos de grande circulação.

Esse serviço é fundamental para que materiais como papel, plástico, metal e vidro sejam destinados corretamente às associações de catadores de materiais recicláveis, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a geração de renda de muitas famílias.

Equipes Padrão e manutenção de áreas verdes

Além da coleta de resíduos, a PGA também possui um serviço chamado de Equipes Padrão, formadas por dez profissionais cada, que executam poda, roçada, limpeza de arroios, pintura de sarjetas e plantio de flores, contribuindo para a estética urbana e a prevenção de enchentes.

Já a manutenção de áreas verdes usa roçadores acoplados a tratores, sopradores e equipamentos giro-zero para cuidados rápidos e seguros, em espaços como parques, praças e o Aeroporto Santana.

UTB transforma lixo orgânico em eletricidade

Inaugurada em 2021, a Usina Termoelétrica a Biogás (UTB) é o projeto mais recente do PGA. A planta pode receber até 30 toneladas por dia de resíduos orgânicos, tratados em dois biodigestores que geram biogás convertido em energia suficiente para abastecer prédios públicos municipais. A coleta desse material é feita por caminhão 100% elétrico, eliminando emissões diretas de CO₂ durante o trajeto.

Desafios diários no serviço de coleta

O serviço de coleta enfrenta alguns desafios recorrentes, muitos deles que poderiam ser evitados. Um dos principais problemas é o descarte inadequado de vidros e materiais perfurantes, que muitas vezes são jogados no lixo comum sem a devida proteção, oferecendo risco de acidentes aos coletores.

A recomendação é que esses materiais sejam devidamente acondicionados, preferencialmente em caixas de papelão ou garrafas PET, e identificados com a frase “cuidado: material cortante”.

Outro ponto que gera dificuldades é a altura incorreta das lixeiras, que precisam estar entre 1 e 1,20 metro de altura. Quando estão muito baixas ou muito altas, dificultam o trabalho dos garis e podem, inclusive, gerar lesões.

Além disso, o trânsito também é um obstáculo. Os caminhões de coleta precisam parar frequentemente nas ruas para a retirada dos resíduos, e nem sempre os motoristas demonstram paciência, muitas vezes buzinando ou tentando ultrapassar de forma perigosa os veículos e os coletores que estão trabalhando. É recomendado que motoristas diminuam a velocidade e sinalizem qualquer manobra.

Por fim, é importante que os moradores mantenham seus animais de estimação seguros e presos nos dias de coleta. A movimentação dos caminhões e da equipe de coletores pode causar estresse nos animais, aumentando o risco de fugas ou até de ataques, colocando em risco tanto os profissionais quanto os próprios pets.

Compromisso com a cidade

O trabalho da Ponta Grossa Ambiental é essencial não só para manter a cidade limpa, mas também para garantir a saúde pública, a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida de toda a população.

Nesta Semana do Meio Ambiente, mais do que nunca, fica o convite para que cada cidadão faça a sua parte, contribuindo para uma cidade mais limpa, sustentável e consciente.

Para informações sobre coleta domiciliar e seletiva, ou envio de sugestões e dúvidas, acesse: www.pgambiental.com.br.

da assessoria