Novas imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta semana trouxeram novos elementos ao caso da morte do radialista cearense João Eufrásio de Azin Júnior, de 65 anos, que caiu no fosso de um elevador em um prédio no centro de São Paulo, em abril deste ano. Segundo a RecordTV, os vídeos mostram o momento em que João, ex-servidor público e comentarista esportivo, tenta deixar o elevador, que estava parado entre dois andares. Antes de sair, ele joga uma garrafa no chão, possivelmente para medir a distância ou testar a segurança da saída. Em seguida, ao tentar atravessar a abertura, escorrega na borda e cai de uma altura de aproximadamente 10 metros, não resistindo aos ferimentos.
As imagens reforçam questionamentos sobre possíveis falhas no funcionamento do elevador, já que João aparentava saber que o equipamento não estava no nível correto. A empresa responsável pela manutenção ainda não se pronunciou sobre o caso. Além disso, o radialista já apresentava ferimentos antes da queda, incluindo uma lesão na costela direita, segundo prontuário médico. Fotos anexadas ao inquérito mostram manchas de sangue em um andar diferente daquele onde ocorreu o acidente, o que levanta a hipótese de que ele teria se ferido antes da queda, possivelmente em outro local do prédio.
O apartamento onde João vivia com os filhos foi encontrado revirado. O filho mais velho suspeita de uma possível briga entre João e o filho caçula, Lucas, que nega qualquer discussão no dia do acidente. Lucas afirmou que quebrou a televisão do apartamento em um momento de raiva após saber da morte do pai, mas descarta envolvimento em qualquer conflito anterior à tragédia.
A situação da mãe de João, uma idosa de 88 anos com Alzheimer, também preocupa a família. Desde a morte do radialista, ela estaria sob os cuidados do filho caçula, mas foi encontrada sozinha no imóvel em condições precárias, sem comida e sem higiene, segundo o advogado da família. A polícia investiga as circunstâncias do acidente e a família cobra respostas, especialmente sobre a perícia no local e a inclusão de provas no inquérito. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.