O padre Fábio de Melo, conhecido por sua atuação midiática e presença no debate religioso no país, teve seu nome registrado na Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, após denúncia motivada por sua postura diante de uma confusão em uma cafeteria em Joinville, Santa Catarina. O episódio, ocorrido em maio, resultou na demissão do então gerente da loja, Jair José Aguiar da Rosa, e ganhou grande repercussão nas redes sociais.
Segundo a RIC, a denúncia foi formalizada por um bispo de Santa Catarina, que considerou a atitude do religioso “incompatível com as doutrinas da Igreja Católica” e “fora do esperado para um líder cristão”. O bispo encaminhou a queixa à Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por zelar pelos princípios da Igreja e investigar condutas consideradas inadequadas no clero.
De acordo com fontes próximas ao caso, apesar da denúncia, não há previsão de punições severas para o padre. Contudo, o episódio deve “manchar” seu registro na instituição, ou seja, o caso passa a constar em seu histórico e pode ser considerado em futuras avaliações sobre sua conduta.
O ex-gerente da cafeteria, Jair José Aguiar da Rosa, relatou sofrer graves consequências emocionais após a exposição do caso. Ele afirmou ter desenvolvido depressão, recebido diagnóstico de três síndromes e precisado trancar a faculdade a poucos meses da conclusão da graduação. Além disso, o trabalhador processou tanto o padre Fábio de Melo quanto a empresa responsável pela cafeteria, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh).