O passeio de balão que terminou em tragédia na manhã deste sábado (21) em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, custava em média R$ 550 por pessoa. O valor dava direito a um voo de aproximadamente 45 minutos, chegando a altitudes de até mil metros, segundo informações de empresas que atuam na região e reportagens publicadas após o acidente.
A região, conhecida como a “Capadócia brasileira” devido à semelhança com o famoso destino turístico da Turquia, é referência nacional em balonismo e atrai milhares de turistas interessados em sobrevoar os cânions Itaimbezinho e Fortaleza. Os pacotes de passeio variam de R$ 500 a mais de R$ 3 mil, dependendo dos serviços inclusos, como café da manhã, fotos profissionais, transporte e experiências personalizadas.
O acidente ocorreu durante um desses voos turísticos e deixou oito mortos e 13 sobreviventes, conforme as autoridades locais. O balão, operado pela empresa Sobrevoar, transportava 21 pessoas, incluindo o piloto. As investigações preliminares apontam que um maçarico no cesto do balão teria sido a origem do incêndio, levando o piloto a orientar os passageiros a saltarem quando o balão estava próximo ao solo. Após parte dos ocupantes saltar, o balão subiu novamente, com as chamas se alastrando, resultando nas mortes dos que permaneceram a bordo.
O turismo de balão em Praia Grande se fortaleceu nos últimos anos, impulsionado pela criação de parques nacionais e pelo crescimento do ecoturismo durante a pandemia. O município, com cerca de 8 mil habitantes, é considerado a capital dos cânions e recebe visitantes de todo o país interessado na experiência de voar sobre as paisagens naturais da região.
As autoridades seguem investigando as causas do acidente e a regularidade da operação do balão.