Quinta-feira, 26 de Junho de 2025

Elizabeth assina lei que dá título de cidadão benemérito ao filho Rodrigo Schmidt

Divo justificou o projeto afirmando que Rodrigo tem “relevantes serviços prestados à comunidade pontagrossense”
2025-06-25 às 17:45

A Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou o Projeto de Lei nº 146/2025, concedendo o título de Cidadão Benemérito ao empresário Rodrigo Silveira Schmidt, sócio-administrador da Pontadrive Automação desde dezembro de 2003. A proposta, de autoria do vereador Divo, foi justificada pelos “relevantes serviços prestados à comunidade pontagrossense”, conforme documento oficial apresentado ao Legislativo.

Segundo a justificativa escrita pelo vereador Divo, Rodrigo Schmidt é reconhecido por sua força, coragem e competência técnica, além de buscar respeito, imparcialidade e serenidade em sua atuação profissional. O texto destaca sua formação como tecnólogo em eletrônica pelo CEFET, MBA em Gestão de Negócios pela USP e especialização em vibração pela FUPAI, além de experiências em empresas como WEG, Klabin e Cargill.

Apesar da ligação familiar — Rodrigo é filho da prefeita Elizabeth Silveira Schmidt —, a chefe do Executivo não se manifestou publicamente sobre a aprovação e sanção da lei até o momento desta publicação. A concessão do título foi aprovada pelas comissões internas da Câmara, que consideraram o projeto legal e regimentalmente adequado. O reconhecimento oficial será realizado em conformidade com as normas do Legislativo municipal.

Investigação

O empresário Rodrigo Silveira Schmidt, homenageado com o título de Cidadão Benemérito pela Câmara Municipal de Ponta Grossa, foi citado em 2023 durante os trabalhos de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) que investigava possíveis fraudes em licitações da Prefeitura e corrupção na área da saúde.

De acordo com reportagens locais, Rodrigo foi convocado para depor em novembro daquele ano, mas não compareceu. Posteriormente, foi intimado a comparecer ao Gaeco, onde permaneceu em silêncio durante o interrogatório. O caso gerou críticas quanto à transparência das investigações, já que parte das oitivas não foi tornada pública.