Um vídeo obtido pelo D’Ponta News registra o momento exato em que um incêndio ambiental começa em Ponta Grossa. O flagrante ocorreu na Rua Aristídes Lobo, um prolongamento da Rua dos Operários. Nas imagens, é possível observar um veículo de cor cinza em movimento, de onde um ocupante arremessa um objeto em chamas, semelhante a uma tocha, em direção à vegetação seca na lateral da via. O fogo se inicia instantaneamente e ganha força, espalhando-se pela área.
A ação, que caracteriza crime ambiental, foi registrada em vídeo e pode auxiliar as autoridades na identificação dos responsáveis. A prática de provocar incêndios em qualquer tipo de vegetação é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, com pena que pode variar de multa a reclusão.
A sequência de incêndios urbanos ocorre em um momento em que as condições climáticas exigem atenção redobrada. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu recentemente alertas de baixa umidade para Ponta Grossa e região, condição que eleva exponencialmente o risco de incêndios florestais e facilita a propagação do fogo em qualquer ambiente. O Corpo de Bombeiros do Paraná e o Instituto Água e Terra (IAT) reforçam constantemente os alertas para os perigos do tempo seco. As principais causas de incêndios em vegetação, que também representam um grande perigo, são as queimadas para limpeza de terrenos e a soltura de balões, prática comum e perigosa nos meses de junho e julho.
Em 2024, o número de incêndios florestais em Ponta Grossa chegou a triplicar, e embora os dados estaduais de 2025 mostrem uma queda em relação ao ano anterior, o Paraná já registrou quase 4 mil incêndios em vegetação até o final de julho deste ano.
Ponta Grossa vive um período de alerta máximo devido a uma recente onda de incêndios em áreas urbanas e ao elevado risco de queimadas em vegetação. Nos últimos meses, o Corpo de Bombeiros foi acionado para diversas ocorrências, levantando preocupações sobre as causas e a prevenção, especialmente com a chegada do tempo seco.
Um dos casos de maior repercussão ocorreu no início de julho, quando um idoso ficou ferido após um incêndio destruir sua casa no Jardim Sabará. A vítima relatou que a ação foi criminosa, afirmando que dois homens teriam provocado o fogo intencionalmente. Investigações posteriores encontraram vestígios de líquido inflamável no local, reforçando a suspeita de incêndio criminoso.
Este não foi um evento isolado. No final de maio, a cidade registrou três incêndios residenciais em menos de cinco horas, atingindo os bairros Jardim Carvalho, Ronda e Shangri-lá, felizmente sem registro de feridos. Em junho, outro imóvel foi completamente consumido pelas chamas na Vila 31 de Março.
